
A história tem vindo a ser dourada, os feitos alcançados brilhantes, mas a montanha ainda está (muito) longe de estar totalmente escalada. Porque as diferenças para as melhores à escala planetária ainda são abissais. Tal como, de resto, ficou provado neste duelo ibérico.
Depois do 2-4 da passada sexta-feira, em Paços de Ferreira, podia haver uma réstia de esperança que Portugal ousasse desafiar a história em Vigo. Puro engano. E tal como aconteceu aquando de uma deslocação do Benfica aos Balaídos há mais de duas décadas e meia – a 25 de novembro de 1999 as águias foram goleadas pelo Celta (0-7), na já extinta Taça UEFA -, a ida de uma equipa portuguesa à Galiza voltou a ser catastrófica.
E fazer uma viagem para o lado de lá da fronteira sem estar munido de GPS aumenta a probabilidade de haver um despiste dramático. Foi o que aconteceu às Navegadoras, que entraram no relvado dos Balaídos completamente desorientas e logo aos 2 minutos já estavam em desvantagem: Mariona Caldentey cruzou da direita e Salma Paralluelo, oportuna, desviou para o fundo das redes da baliza de Patrícia Morais.
O pesadelo continuou pouco depois, com Aitana Bonmatí a fazer a curva perfeita num remate de pé esquerdo (8’), sendo que a craque do Barcelona voltaria a fazer o gosto ao pé após assistência de Cláudia Pina (12’). E ainda antes da meia hora a goleada ganhou (mais) forma), com Alexia Putellas a atirar para o 4-0.
A estrada estava cheia de buracos para a equipa das Quinas e mais degradada ficou com os tentos de Mariona Caldentey (47’), Alexia Putellas (51’) e Esther González (60’).
Apenas Beatriz Fonseca, superiormente assistida por Andreia Norton, conseguiu minimizar os estragos do percurso e apontou o golo de honra de Portugal (71’). Tarde para esquecer. Ou para recordar…
Apesar de tudo, contas totalmente em aberto para as Navegadoras nesta Liga das Nações.
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