O duelo entre Mathieu van der Poel e Wout van Aert não aconteceu de forma direta, mano a mano, durante o Exact Cross em Loenhout, Bélgica, esta sexta-feira.
Van der Poel partiu para o primeiro embate da temporada no ciclocrosse com Van Aert já com três provas de ciclocrosse e não teve no arquirrival, a cumprir a estreia na época, adversário à altura, nem em qualquer noutro nesta corrida, assumindo rapidamente a liderança da prova e conquistando quarta vitória consecutiva, e a mais difícil, segundo o neerlandês da equipa Alpecin-Deceunick, que não evitou uma queda nas últimas voltas, sem consequências físicas ou ameaça ao triunfo, mas causando-lhe estrago na bicicleta.
«O selim partiu-se, por isso tive de trocar de bicicleta. Felizmente as boxes estavam perto…» revelou Mathieu van der Poel, não se restringido a este percalço na máquina para expressar a dificuldade deste êxito. «O [Laurens] Sweeck também rodou forte. Não foi eu que deixei que ele me apanhasse, ele conseguiu-o muito bem e com muito mérito», referiu o hexacampeão mundial sobre a recuperação do adversário belga durante a terceira volta.
«Depois disso, só tinha de continuar a fazer o meu trabalho, quis forçar para voltar a isolar-me e funcionou. Foi uma corrida difícil, não foi fácil fazer a diferença», admitiu o corredor de 29 anos.
«Este é um percurso em que é difícil estar em modo de ataque, porque pode cometer-se erros rapidamente. Além disso, as minhas mãos estavam geladas, pela primeira vez numa corrida esta temporada, o que prejudica a condução da bicicleta», acrescentou MVDP, concluindo: «Portanto, foi certamente o crosse mais difícil até agora esta época, especialmente com toda a fadiga acumulada da corrida também difícil ontem [quinta-feira, a Taça do Mundo em Gavere]»