À Sport TV, após a o triunfo (1-2) em Famalicão, Tozé Marreco, treinador do Farense, enalteceu a organização defensiva da sua equipa e a confiança que tem nos seus «rapazes». O treinador dos algarvios falou ainda da proibição pela FIFA de inscrição de novos jogadores.

- O Farense venceu pela primeira vez fora e também marcou dois golos pela primeira vez no campeonato. Qua análise faz ao jogo?

«Antes de mais, deixe-me dar uma palavra para o Zlobin, que pelo que lemos, a lesão é um pouco mais séria e queremos sempre defrontar os melhores. Quero dar-lhe uma palavra para recuperar rapidamente e que estava a fazer uma época tremenda e para ele voltar rapidamente. Era importante fazer pontos como o é como em todos os jogos. Mas acho que é um continuar do trabalho que tem vindo a ser feito. Eu, com estes rapazes, não tenho problema de defrontar nenhuma equipa, de jogar o jogo pelo jogo, porque a equipa sabe o que é que tem a fazer. Éramos a pior defesa do campeonato, éramos o pior ataque, não sei se no final desta jornada vamos ser ainda ou não, e eram coisas que queríamos inverter. Ainda não tinha tido vitórias fora, conseguimos inverter de forma clara, não fosse um penalti, que isso sim, foi o maior erro que cometemos e que metemos o adversário no jogo, quando parecia estar controlado, porque de resto fomos eficazes, transitámos, atacamos rápido muitas vezes, podíamos ter feito ainda mais quando tivermos mais definição que é agora aquilo que estamos a trabalhar. Aquela definição no último terço, para conseguirem criar mais chances e fazemos mais golos, porque é isso que ainda nos está a faltar.»

- De que forma é que analisa também a capacidade da equipa para saber ler os diferentes momentos do jogo?

«Não soubemos ler tão bem nesta parte final, porque com as substituições temos formas de condicionar o pontapé de baliza do adversário. Depois, com as substituições a ganhar 2-0 falhámos num ou noutro momento, mas a equipa percebeu, desde que nós chegámos, a forma como queríamos defender os momentos da pressão e os rapazes perceberam bem e rapidamente. A equipa tem crescido, está a ser difícil fazerem-nos golos, e vai ser ainda mais difícil, porque os rapazes sabem o que é que têm de fazer e quando fazer. Depois estamos a meter o resto: podes ter toda a organização do mundo, mas se não tiveres agressividade, se não tiveres os duelos fortes aéreos, pelo chão, a organização não chega e os rapazes têm isso desde o primeiro dia e, portanto, agora é crescer. É continuar porque há muita coisa por fazer. Devíamos ter mais pontos, mas eu já disse que ilibo os rapazes de não os termos, porque não foi responsabilidade deles. Vamos ter de ir atrás como fomos atrás destes e agora temos já contra grande clube, com um treinador que está a fazer um trabalho incrível, outro osso bem duro de roer.»

- O Farense está impedido pela FIFA de inscrever novos jogadores, tem conhecimento da situação e como é que olha para ela?

«Sou treinador principal, treinador-presidente, não sou. Cada um na sua função, nem treinador-presidente, nem treinador-jardineiro, cada um na sua função. Uma coisa garanto: há clubes tão sérios como o Farense, mais que o Farense não há.»