Permanece a incerteza acerca da realização do GP de Valência de MotoGP depois da tempestade Dana ter assolado a região. Para Aleix Espargaró, se o evento se realizar, terão de ser deixadas contrapartidas.

O piloto da Aprilia relatou a situação que lhe chegou: ‘É impressionante, e as imagens e vídeos nas redes sociais não são nada, porque falei com alguns amigos que vivem em pequenas povoações nos arredores de Valência, e eles disseram-me que tudo está bastante colapsado, tudo está destruído, não há casas, não há carros. Normalmente vês estas imagens muito longe de ti, mas quando acontece muito perto de tua casa, é devastador, é uma situação muito difícil’.

No entender de Espargaró, a maior questão não é ao nível de infraestruturas: ‘É uma situação mesmo difícil. Oxalá o Carmelo [Ezpeleta], a Dorna, o governo em Espanha, tomem a decisão certa. Penso que não tem a ver com as infraestruturas; acho que as infraestruturas podem ser reparadas no espaço de duas semanas. Mas é a situação: os hospitais, os serviços de emergência, as pessoas que são mais importantes do que fazer um espetáculo desportivo. Mas, em qualquer caso, espero que tomem a decisão certa’.

Questionado sobre se se sentiria bem em disputar o GP de Valência nestas circunstâncias, o espanhol retorquiu: ‘Podes gerir isto de diferentes modos. Se pudermos dar algo em retorno a Valência – não sei como; podíamos dar o nosso prémio monetário, por exemplo, para os ajudar. Ou a Dorna pode encontrar alguma maneira de os ajudar. Não sei; a situação é muito complicada. É óbvio que neste momento, ir lá competir é o menos importante. Por isso, estou a pensar que se pudermos ir lá competir, temos de ajudar de alguma forma’.