Paulo Scaroni, presidente do Milan, esteve presente no evento italiano Sport Industry Talk, no qual abordou várias temáticas, como a construção de um novo estádio para os rossoneri e também para o Inter.
Fundado em 1926, o San Siro, situado no bairro com o mesmo nome, com capacidade para mais de 80 mil espectadores, é a casa do Milan e do Inter. O estádio partilhado, também conhecido por Giuseppe Meazza, começa a ser visto como antiquado e, por isso, está em cima da mesa a construção de um novo recinto - também ele partilhado - para o ano 2030, sobretudo com Itália e Turquia a serem os anfitriões do Campeonato da Europa que se realizará de então a dois anos. Para Scaroni, a fasquia está no máximo. «Se Milan e Inter construírem um estádio em 2030, terá de ser o estádio mais bonito do Mundo. Não é San Siro que é icónico, o Milan e o Inter é que o tornaram icónico», explicou o dirigente, que também anunciou que as equipas não deverão sair daquela zona de Milão: «Gostamos muito de estar na área de San Siro.» O antigo recinto será, então, remodelado. «Assim que construirmos o novo estádio, pretendemos remodelar o Meazza, para usar esse espaço para atividadas desportivas e comerciais, como sede dos clubes e museus», explicou.
A nova casa não foi o único assunto abordado pelo presidente do Milan. Além de ter descrito a pirataria como «um grande problema, que custa 500 a mil milhões de euros de prejuízo anualmente», também as leis italianas em relação às apostas desportivas foram alvo de críticas. «Temos mesmo de mudar a lei que nos impede de usar dinheiro de apostas desportivas, não podemos ter benefícios do mundo das apostas. 35 mil milhões de euros são movimentados na Serie A, é um absurdo que nenhum clibe italiano tenha vantagens com isso. É permitido em toda a Europa, em Itália não. Se é algo permitido em toda a Europa e não em Itália, quer dizer que em Itália são estúpidos», afirmou Scaroni.