
Ricardo Sá Pinto relembrou a passagem pelo Vasco da Gama e recusou ser responsável pela despromoção à Serie B em 2020/21.
«Milagres não faço. Tanto assim é que o Luxemburgo, uma pessoa competente e com um currículo enorme, não conseguiu fazer melhor. O problema não era o treinador. Com todo o respeito, ele fez mais jogos, não teve covid, contratou jogadores, não tinham problemas financeiros e jogava de oito em oito dias, enquanto que eu jogava de três em três. Tive um contexto muito difícil em que não foi possível fazer mais», disse, à conversa no canal Expresso1923
O técnico português recordou ainda as grandes dificuldades desportivas e financeiras que o Vasco atravessou durante o período em causa:
«Estava à espera de aliviar a sequência de jogos para depois começarmos e ter uma época melhor. Eu não sou milagreiro, não posso fazer as coisas sozinho. Eu não tinha dinheiro para pintar o campo do centro de treinos. Nem para tomarmos o pequeno-almoço. Havia miúdos que não tinham dinheiro nem para comer. Eu não recebi salário em quatro ou cinco meses que estive no Vasco. Alguém me viu queixar, alguém me viu chorar?»
Ricardo Sá Pinto que já passou em Portugal pelo Sporting, Braga, Moreirense e Belenenses, abandonou recentemente o Raja Casablanca de Marrocos. No comando técnico do Vasco, somou três vitórias, seis empates e seis derrotas em 15 jogos.