Na zona de entrevistas rápidas, Rui Borges fez um primeiro rescaldo à vitória do Sporting frente ao Famalicão (3-1): «Na primeira parte entrámos bem, a ser autoritários, a ter bola, a tentar chegar ao último terço. Depois desses quinze minutos, deixámos o Famalicão crescer ali um bocadinho, ganhar um pouco de confiança. Depois têm o lance do penálti, que os mete no jogo. No final da primeira parte acabámos outra vez com uma energia muito boa, tivemos oportunidades para fazer o golo.»

«Ao intervalo não mudámos nada em termos defensivos, melhorámos sim um pouco os timings. Fomos mais intensos, mais comprometidos e percebemos melhor isso. Não deixámos o Famalicão pensar demasiado e pressionámos muito mais alto. Na segunda parte melhorámos nesse aspecto, mais intensos, mais competentes. Fomos claramente superiores, poderíamos ter feito 3-1 muito antes do final do jogo. A expulsão acaba por nos levar um pouco mais para trás, mas até aí a equipa tem uma atitude fantástica. O público foi, mais uma vez, muito importante», analisou Rui Borges, que enalteceu a superioridade leonina nos segundos 45 minutos.

Rui Borges esclareceu ainda a importância do minuto 60, quando tira Fresneda para colocar Geny Catamo e libertar Geovany Quenda: « O Iván estava a fazer um jogo bastante competente, só que naquele momento da segunda parte nós estávamos claramente por cima do Famalicão. No momento da substituição foi um sentimento que estávamos claramente a ganhar aquele corredor e precisávamos de alguém que tem mais 1 vs 1 do que propriamente o Ivan, nesse aspecto, e o Geny dava-nos algo mais naquilo que era poder ofensivo no último terço.»

Questionado sobre a resposta de excelência dada por Quenda, após uma semana marcada por notícias que o dão como certo no Chelsea, Rui Borges defez-se em elogios: «É mérito dele, não só comigo, mas com o Míster Ruben (Amorim) também. A capacidade dele de perceber o jogo aliada à qualidade individual que ele tem, mas isso não lhe chega e ele tem essa noção. Se calhar se jogasse nos sub-17 era bola no pé e o Quenda resolve, e aqui resolve na mesma, mas tem que estar mais ligado aos outros momentos do jogo. É um miúdo que gosta de aprender, gosta de ouvir, e acima de tudo está feliz.»

Antes da última paragem para compromissos das seleções antes do final do campeonato, Rui Borges fez uma antevisão dos próximos dois meses: «É um Sporting que está a ser muito competente, está com uma ambição e coragem enorme. Eles também merecem algum descanso, alguma malta vai para as seleções, mas acima de tudo acredito também que venham com uma ambição enorme de continuar este caminho, sabemos das dificuldades que vamos encontrar.»