Rúben Amorim “ficaria doido” com as condições da maioria dos treinadores. Então, defendeu a classe e pediu responsabilidade aos dirigentes

Com os sucessivos despedimentos de treinadores em equipas da Primeira Liga, Rúben Amorim alerta que a diferença entre os candidatos ao título e as equipas de classe média do campeonato vem do tempo que os técnicos têm para trabalhar. “Sou um abençoado por ter a qualidade de jogadores que tenho, mas a grande diferença é que os meus jogam de olhos fechados, porque têm treino”, referiu no rescaldo ao encontro com o Estoril que o Sporting venceu por 0-3

Gualter Fatia

Estreia de Maxi Araújo

“Ele jogou bem, principalmente na primeira parte. Sentiu um bocadinho a velocidade do jogo. Acho que vai melhorar muito. Tomou boas decisões, combinou bem com o Nuno Santos, soube procurar entre linhas e no espaço.”

Domínio contra o Estoril

“A equipa entrou muito forte. Dominámos claramente a primeira parte e, principalmente, não deixámos o Estoril sair. Isso torna muito difícil a vida do adversário. Falhámos golos feitos. Na segunda parte, baixámos o ritmo. O Daniel Bragança deu outra velocidade e bloqueámos o jogo a partir daí.”

Trazer os jogadores à Terra

“A maneira de os trazermos à Terra é mostrarmos o jogo. Ele vão perceber que a velocidade foi lenta na segunda parte. A forma como entrámos mostra que a equipa sabe que tem que correr muito para ganhar os jogos.”

Pedir o mundo

“A qualidade defensiva na segunda parte não foi a mesma, mas estou satisfeito com os jogadores. Também não lhes quero pedir o mundo.”

Defesa dos treinadores

“Olhando para o panorama, há muitos clubes que não fazem planeamento. A maioria dos clubes mais pequenos estão a fazer o seu plantel já dentro da pré-época. Olhamos para uma equipa como o Santa Clara, que não teve grandes movimentações, e tem uma dinâmica de jogo já muito forte. Isso faz toda a diferença. Se fosse alguns treinador ficaria doido. Os treinadores portugueses sofrem muito quando há jogadores a chegarem todas as semanas e não têm duas semanas para trabalhar a parte tática. Sou um abençoado por ter a qualidade de jogadores que tenho, mas a grande diferença é que os meus jogam de olhos fechados, porque têm treino. Já que falam sempre dos treinadores e depois eles são despedidos, os dirigentes têm que ver a forma como são feitos os plantéis. Eu estou aqui a falar, mas estou sempre a ganhar, vivo num clube onde não vendem os melhores jogadores e ainda vai buscar. O Filipe Martins [ex-treinador do Estrela da Amadora] a qualidade que ele tem como treinador e já saiu quando o clube está a ir buscar jogadores a toda a hora. Se calhar, estou a exagerar, mas acho que a grande diferença é essa.”

Gyökeres a fazer gelo

“Está tudo bem com o Viktor.”