
A recente passagem da depressão Martinho pela Península Ibérica, que causou forte precipitação, levou a Proteção Civil (ANEPC) a emitir este domingo um alerta para possíveis cheias.
A chuva acumulada e as descargas das barragens espanholas, «provocaram um aumento considerável nos níveis hidrométricos e nos caudais do rio Tejo e seus afluentes. Neste contexto, prevê-se um aumento das afluências provenientes de Espanha, o que resultará num aumento das descargas das barragens, elevando os níveis hidrométricos do rio Tejo».
Destaca-se:
− Subida dos caudais com valores acima dos 2000m3/s, o que constitui um fator de risco significativo no galgamento das margens do rio Tejo e seus afluentes;
− No rio Sorraia verificou-se também uma subida da altura hidrométrica na escala de Coruche. Com o aumento das descargas a montante, é esperado que os caudais continuem a subir;
− De acordo com as informações fornecidas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para a Bacia do Tejo, as afluências provenientes de Espanha devem continuar a aumentar
«Com os valores previstos de descargas provenientes de Espanha, em conjunto com a Sub-bacia portuguesa, o risco de galgamento das margens do Rio Tejo é elevado, podendo inundar áreas historicamente suscetíveis a inundações», alerta-se.
Os solos encontram-se já saturados, o que resultará numa descida lenta da água que já afeta algumas vias rodoviárias. Há estradas submersas em municípios como Santarém, Benavente, Coruche, Cartaxo, Golegã, Salvaterra de Magos ou Almeirim.
A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente: