
Bruno Lage, treinador do Benfica, assumiu que o V. Guimarães entrou melhor no encontro, também porque a sua equipa não conseguiu manter a bola em sua posse durante períodos de tempo mais longos. O técnico dos encarnados destacou a atitude dos seus jogadores, referindo que é assim que pretende que a equipa se apresente nesta fase decisiva da temporada. Também deixou elogios a Pavlidis que apontou dois golos neste triunfo, por 3-0, no Estádio D. Afonso Henriques.
Como avalia o desempenho da equipa que sai de um campo sempre complicado com um triunfo por 3-0?
- Primeiro quero falar do desempenho dos adeptos, porque até agora, no fim, com os jogadores menos utilizados foram treinar e os adeptos a apoiarem. Foi durante o jogo e agora no fim. Com a chuva que estava foi fantástico. Ao jogar contra esta equipa que tem qualidade e com a força dos seus adeptos, fazer três golos é uma boa vitória. Não tivemos uma entrada boa, principalmente nos momentos com a bola, estávamos bem em aspetos defensivos e de posicionamento. Quando tivemos uma posse de bola mais prolongada fizemos um golo. Depois houve oportunidades para ambos os lados. Ao intervalo falámos com os jogadores e alterámos alguns posicionamentos, fizemos alguns ajustes e estivemos muito melhores. Sinto que somos uns justos vencedores. Num estádio difícil, frente a uma equipa complicada e são três pontos muito importantes na nossa caminhada.
Era esta a resposta que queria depois do empate, em casa, com o Arouca? De que forma este triunfo pode ajudar em termos psicológicos? Já pode adiantar do que se tratam as lesões de Di Maria e Tomás Araújo?
- Ainda não sei dizer nada sobre as lesões. Quero sempre esta resposta, não gosto de olhar para blocos de dois jogos. Em dois meses e meio, em termos de campeonato temos um empate. São mais três pontos para juntar à nossa classificação. Agora há mais dois jogos para preparar, pois queremos muito estar no Jamor, na final da Taça de Portugal, e depois vem o Aves SAD em mais uma jornada para procurarmos somar mais três pontos.
Como vê o momento de forma de Pavlidis que foi ganhando importância, depois do hat trick apontado ao Barcelona. Sente que foi a partir daí que o avançado ganhou outra vida?
- Não vem daí diretamente, desses três golos que fez contra o Barcelona. Mas, sim pelo trabalho que vem desenvolvendo. Íamos falando quando ele não marcava tanto, em outubro e novembro, e eu sentia que ele estava a trabalhar muito bem e até utilizámos o termo do ketchup. Tem um enorme carácter, é a simplicidade em pessoa e faz tudo em prol da equipa. Há imensa gente a trabalhar e a ser criticada, mas neste momento eu tenho de tomar as melhores decisões e eles têm de continuar a trabalhar para quando tiverem a sua oportunidade demonstrem o seu valor.
Houve jogadores que forçaram o cartão amarelo e pareceu que foi o míster a dar a indicação ao Florentino. Foi assim? Que achou da exibição de Trubin?
Estava-lhe a dizer [ao Florentino] que o jogo estava a acabar e que ia ser o melhor em campo. Muito importante o trabalho do Trubin. Fez boas defesas, como o Varela fez do outro lado.
A forma como sai deste jogo é aquilo que pretende para esta fase decisiva da temporada?
- O que quero é concentração máxima, tal como disse na antevisão, e encararmos os jogos com toda a seriedade, tal como fizemos hoje.