Os primeiros treinos livres de Toprak Razgatlioglu fizeram o campeão do mundo entrar em modo de alerta dado que este sente e sua moto a ter um comportamento bastante diferente daquele que havia demonstrado o ano passado. Depois de afirmar que ‘nada funciona’, e «aponta o dedo» à Dorna desta feita.

O turco da ROKiT BMW Motorrad WorldSBK Team mostrou a sua resignação, em palavras ao site oficial do campeonato depois do trabalho de hoje na Austrália: ‘Aqui todas as Ducati são fortes enquanto nós estamos pior que no ano passado. Não tenho confiança na moto e sinto-me como se estivesse sobre gelo. Não consigo seguir a trajetória que gostaria e custa-me muito. Dei duas voltas atrás do Bulega para o seguir, mas ele é realmente forte: entra bem nas curvas, abre o acelerador com facilidade e tem aderência. Estou a ter problemas com a moto e, honestamente, não sei o que esperar para o fim de semana. Tentarei lutar pelo pódio, embora não saiba se o conseguirei ou não’.

Sem esconder a frustração, Razgatlioglu olhou para a concorrência e viu uma diferença clara, referindo que para si tudo está diferente:

A moto é completamente diferente da do ano passado. Tentámos tudo mas nada funciona. Tentei seguir o Bulega e ele tem uma aderência incrível. Neste momento o Nicolò está noutro nível e para nós tudo mudou. Sinto-me como se tivesse passado de seco para neve numa moto. Quanto mais calor faz, mais sofremos, enquanto que no frio ainda conseguimos fazer alguma coisa. O caso é que estou a passar por muitas dificuldades e encontro-me em apuros com a minha moto. Quando entro na curva não tenho confiança, mudámos tudo o que era possível, mas nada funciona.

E apontou ainda o dedo à Dorna e às regras a que a BMW está sujeita, lembrando até a situação que a Ducati viveu há alguns anos, e como ‘não se fazia nada’: ‘Não sei como posso pensar em lutar com todas essas Ducati à frente. Infelizmente as sensações são realmente más e nem sequer percebo porque é que a Dorna pressionou para implementar esta regra. É como em 2019, quando o Bautista e a Ducati estavam sempre à frente, mas não se fazia nada’.

E concluiu: ‘No ano passado, aqui em Phillip Island, não estive tão forte como gostaria, mas a sensação não foi má. Agora, contudo, tudo é diferente. O Van der Mark e eu olhamo-nos e sorrimos porque não há nada a fazer’.