O antigo guardião do Benfica, que envergou a camisola das águias no final do século passado, foi a grande surpresa deste sábado, no Pavilhão Fidelidade, na cerimónia de entrega dos anéis platina e dos emblemas de dedicacão aos sócios encarnados. "É muito especial estar aqui. É um grande momento para a família benfiquista. Estou a reviver grandes recordações do meu passado", disse Michel Preud'homme ao Record.

Por outro lado, um dos melhores guarda-redes mundiais de todos os tempos mostrou-se "feliz" e "sensibilizado" com o carinho dos benfiquistas que jamais o esqueceram e fizeram questão de o cumprimentar e tirar fotos para a posterioridade. O pavilhão veio abaixo quando Rui Costa anunciou a sua entrada.

"É a primeira vez que regresso, antes não tinha tempo. Voltei a descobrir o estádio, então é uma alegria receber este carinho. O Benfica é uma alma, como sempre disse. Dei tudo pelo clube e é por isso que há esta ligação", adiantou Preud'homme, à BTV. "Sinto-me em casa quando estou no Benfica. O Benfica é uma instituição, e ser sócio do Benfica é fazer parte de uma família", acrescentou.

O belga cumprimentou Rui Costa com um sentido abraço, ainda que os dois não se tenham cruzado como jogadores. O agora presidente dos encarnados saiu no verão de 1994 para a Fiorentina, ao passo que Preud'homme foi contratado depois da participação no Mundial desse ano, nos EUA, tendo sido considerado o melhor guarda-redes do torneio.

O antigo guarda-redes, hoje com 66 anos, deixou o Benfica em 1999, apenas com uma Taça de Portugal conquistada. "Um título para mim é uma desilusão na minha carreira, mas era um tempo difícil para o clube e tive muito trabalho como guarda-redes nesse período. Mas mesmo em tempos difíceis, os adeptos puderam ver que tentei ajudar o clube da minha maneira, por isso é que há este reconhecimento", sublinhou.

(Artigo atualizado às 16h30)