Antes da apresentação de Luís Freire como novo treinador do Vitória SC, António Miguel Cardoso, presidente do emblema de Guimarães, apresentou-se aos jornalistas para responder a perguntas sobre outros temas que não sobre o novo técnico dos vitorianos.

De forma previsível, a saída inesperada de Daniel Sousa foi tema central das questões, sendo que Alberto Costa também foi tema. António Miguel Cardoso acabou por não confirmar, mas admitiu que estava muito bem encaminhado.

Em discurso direto

Saída de Daniel Sousa: «A rescisão por mútuo acordo deve-se fundamentalmente a um período de instalação que não funcionou da melhor forma. Temos uma estrutura profissional, competente e é importante que quem chega se integre da melhor forma. As coisas não funcionaram da melhor forma e decidimos que seria melhor por término à relação. O que prevalece são os interesses do Vitória. Decidimos mudar o caminho»

O que não correu bem?: «Quando tomamos decisões tomamos com sentido de projeção, observando o historial das equipas técnicas, do próprio clube. Achámos que ia correr bem, mas não correu da melhor forma. Quando entram têm de se habituar a esta estrutura.

Temos uma linha muito direta e a integração não estava a funcionar. Uma série de problemas, coisas pequenas mas que afetam o dia-a-dia. O caminho tinha de ser este. Desejando obviamente o melhor futuro para o mister Daniel Sousa, mas este é o nosso caminho, olhar para a frente. Preferimos reagir e reagimos»

Foi um erro?: «Não tenho problema nenhum em tomar decisões. Olhando para trás, obviamente que não correu. A partir do momento em que percebemos problemas, temos um clube para defender, estamos aqui para reagir e para que as coisas possam correr bem»

Equilíbrio: «Entrámos no Vitória SC que visava evolução desportiva e resolução de problemas financeiros. O que estamos a fazer é proteger o grupo ao nível desportivo, mas não quer dizer que pelos valores certos não possam sair jogadores. Estamos a tentar proteger o máximo de ativos que temos. Queremos ser competitivos, mas dentro de uma razoabilidade financeira e para que o futuro seja risonho»

Ainda Daniel Sousa: «Chegámos a um ponto em que percebemos que não havia caminho juntos. Ter a certeza? Temos uma estrutura que envolve muita coisa e sentimos que a linha de pensamento não era a mesma. Não pondo nada em causa, claro. Mais vale resolver do que deixar que as coisas piorem. Foi isso que fizemos. Não temos certeza de nada, mas hoje o ambiente no clube está com essa motivação»