Pinto da Costa deixou críticas a várias personalidades do FC Porto no seu livro. André Villas-Boas e Sérgio Conceição foram visados pelo ex-dirigente dos dragões.

Pinto da Costa publicou o seu livro “Azul até ao fim” e deixou várias críticas a vários elementos que estiveram ligados ao FC Porto. André Villas-Boas foi dos mais visados e o ex-dirigente dos dragões atacou o atual presidente da equipa azul e branca pela sua posição na final da Taça de Portugal [FC Porto venceu o Sporting]:

«Como se o êxito a eles se devesse. Qual o meu espanto quando André Villas-Boas me perguntou se não ia para o relvado. Informei-o de que nestas circunstâncias nunca o tinha feito, pois a festa era dos jogadores. Fiquei surpreendido que o ainda não eleito presidente da SAD fosse para o relvado com a mulher, filhos e futuros diretores, como se o êxito a eles se devesse. Dir-se-á que são formas de estar! De facto, não gostei! Na hora da vitória, no placo e nas capas das revistas têm de estar os que concretizam as nossas vitórias», escreveu Pinto da Costa.

O antigo presidente do FC Porto falou também de Francisco Conceição e revelou que a cláusula de rescisão do jogador era baixa por imposição de Sérgio Conceição:

«A saída do Francisco foi um mau negócio para o FC Porto. Porque tem 19 anos e porque a cláusula de rescisão era, por imposição de seu pai, Sérgio Conceição, relativamente baixa – 5 milhões de euros. Foi um caso que me desgostou e desgastou muito, porque não queria a sua saída, mas tive de respeitar a decisão do atleta, dado que o Ajax pagou a cláusula de rescisão», escreveu.

O antigo dirigente revelou que foi por sua escolha que Francisco Conceição ficou com a camisola 10 do FC Porto:

«É óbvio que os filhos dos nossos amigos, nossos amigos são. Mas não é pela amizade que nutro pelo Chico que hoje escrevo estas linhas. É porque estou muito orgulhoso dos seu percurso. Há dois anos, quando foi a escolha dos números para as camisolas dos jogadores, fui eu que escolhi o mítico número 10 para o Francisco. Muitos admiraram, alguns criticaram Sérgio Conceição, seu treinador e pai, pela escolha. Mais uma vez, sem razão, pois fui eu que dei o 10 ao Francisco. Quando há duas épocas se transferiu para o Ajax, não permiti que alguém usasse esse número, pois ele estaria guardado para o Francisco. E estava. Voltou a usar o 10 na camisola, e hoje todos reconhecem que é o número que merece».

Pinto da Costa apresentou o seu livro “Azul até ao fim” na Alfândega do Porto, na tarde do passado domingo.