Pinto da Costa diz que está a ser vítima de ataques pessoais e nega ter deixado apenas oito mil euros nos cofres do clube quando abandonou a presidência do clube.

Ao jornal O Jogo, o ex-presidente dos 'azuis e brancos' afirma que está em marcha um plano que tem como objetivo de "denegrir o caráter, o trabalho e o legado de quem dedicou longos anos ao serviço do clube".

Sobre a acusação de André Villas-Boas, que disse que quando se tornou presidente dos 'dragões' percebeu que o clube tinha apenas oito mil euros na conta, Pinto da Costa garante que é falsa e que, pelo contrário, lançou as bases para o sucesso futuro:

"Investimos e valorizámos um plantel que permitiu à atual administração, apenas na primeira metade da época, um encaixe de 167 milhões de euros. Concretizámos novas parcerias, nomeadamente com a Ithaka, envolvendo a atribuição de uma verba de 65 milhões de euros. Foram ainda as receitas futuras desta nova empresa criada pela parceria com a Ithaka que serviram de garantia para o financiamento de 115 milhões de euros a longo prazo e que foi recentemente contratado. Do passe de Otávio para o Al Nassr, a atual administração vai agora receber mais 20 milhões de euros."

Quanto às conclusões da recente auditoria forense às contas do emblema da Invicta, o ex-líder afirma que "foram ao encontro do que quem as encomendou pretendia" e fala em "informações descontextualizadas".

Informa que foram sempre as "maiores empresas do setor" a realizar auditorias às contas do clube e que nunca "assinalaram algo de irregular".

"Ignorou-se que o recurso às despesas de representação aprovadas pela Comissão de Vencimentos não são de agora. Sempre existiram na SAD, sendo uma prática aceite no universo empresarial e sem que alguma vez tenham sido postas em causa pelos auditores o que, a ter acontecido, seria motivo para imediatamente se corrigirem procedimentos", aponta.

O antigo presidente 'azul e branco' menciona ainda que a importância das comissões no sucesso de negócios "não muda através de operações de cosmética, como a alteração do nome das comissões ou a inflação de negócios para que aparentemente não as incluam".

A polémica sobre a venda de bilhetes também não é esquecida, com Pinto da Costa a não se alongar sobre a matéria:

"Também no campo da bilhética se preferiu a aposta nos episódios mediáticos, face à constatação de que não se pode imputar diretamente à anterior administração qualquer atuação à margem da lei."

Lembrando a dificuldade que é dirigir um clube como o FC Porto, o ex-presidente aponta que não pode ser esquecido que "foi o modelo de gestão" que liderou que "permitiu ao FC Porto os inúmeros sucessos desportivos que lhe são reconhecidos nacional e internacionalmente".