O Sporting superou o Santa Clara e agarrou o bilhete para os quartos de final da Taça de Portugal. Eis os cinco destaques do jogo.

João Simões: É o melhor jogador do Sporting nos últimos jogos e não tem concorrência próxima. Procura jogar a várias alturas, baixando para gerar superioridade na saída ou cobrindo a posição de Geovany Quenda, dá andamento ao jogo dos leões e oferece soluções constantes. As crises são a altura perfeita para o surgimento de novas referências.

Geovany Quenda: Falhanços à parte, o jovem português voltou a demonstrar que, de todos os jogadores que já tentaram preencher o vazio deixado por Pedro Gonçalves, foi o que melhor compreendeu a especificidade da posição. Tem uma maturidade inexplicável na forma como entende o jogo, dá sequência às jogadas e compreende a altura de soltar ou forçar a jogada individual. Foi já como ala, onde apareceu com Ruben Amorim, que se destacou.

Conrad Harder: Impacto instantâneo de Conrad Harder que entrou e, de forma pouco ortodoxa, fez o que estava difícil e colocou a bola na baliza. Desta feita, entrou num contexto ideal, onde o Sporting precisava de sobrecarregar a defensiva do Santa Clara para a fazer tremer.

Guilherme Ramos: O principal mérito da organização defensiva é coletivo, na forma como a equipa aproxima setores, protege o espaço central e retira espaço ao adversário para construir. Ainda assim, a contundência do central nos duelos com Viktor Gyokeres impressionou e ajudou à eficácia do jogo dos açorianos. Teve mais dificuldades nos minutos finais quando ao sueco se juncou o seu protótipo dinamarquês.

Gabriel Silva / Alisson Safira: Mais do que alguma ação individual dos dois avançados, fica a maneira como Vasco Matos leu o jogo e lançou dois avançados com mais capacidade de ferir (pela velocidade e capacidade física, respetivamente) a defensiva dos leões. Fundamentais a aproximar o Santa Clara da baliza adversária nos últimos minutos, num jogo que só terminou no prolongamento.