
Defesa pressionante, ajudas dentro da área pintada, nenhum espaço a quem tivesse a bola, não poupar faltas se necessário e lutar por todos ressaltos ofensivos. Tal atitude, sobretudo no arranque do 2.º período, onde até uma certa dureza defensiva surpreendeu o adversário, que está habituado a fazê-lo mas perdeu a concentração no ataque e procurou a desculpa, permitiu que Oliveirense ganhasse superioridade física, técnica e até psicológica na final da Taça Hugo dos Santos, disputada em Gondomar, e acabasse por bater o FC Porto por 83-78 (22-23, 28-15, 11-21, 22-19).
Isso e dois nomes em particular. Primeiro, Onno Steger (25 pts, 5 res), o suplente, eleito MVP da final. Saltou do banco para marcar 12 pontos seguidos (34-28), com dois triplos. Nove deles num parcial de… 9-0 (31-23) nos tais 3.20m iniciais do 2.º quarto. Desempenho que colocou os de encarnado definitivamente no comando, após a desvantagem de 22-23.
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Momento em que já haviam diminuído os estragos do 2-10 com que os portistas tinham começado o encontro, onde Max Landis (8 pts, 3 res, 7 ass) prometia uma noite endiabrada ao assinar 7 dos 10 primeiros pontos, mas acabou excluído a 1.27m com a quinta falta, técnica, por protestos a outra que lhe haviam assinalado. Deixou o incansável Toney Douglas (24 pts, 6 res), Wes Washpun (12 pts, 3 ass) e Devyn Marble (11) mais sozinhos na tentativa da reviravolta do marcador que o seu momento mais ameaçador a 2.09 (75-71), do apito final.
O segundo, o base Malik Morgan (17 pts, 2 res, 5 ass), também fulcral na defesa a impedir que o adversário tivesse facilidade na construção das jogadas, e letal com 5/9 em triplos. Menção ainda para Danjel Purifoy (15 pts, 3 res) e João Fernandes (9 pts, 9 res), que não tremeu nos dois lances livres a 13s do fim (81-77).
Numa finalíssima inédia nas 34 edições da competição, as 16 últimas já com a designação de THS após o renascimento da organização pela federação, o conjunto de João Figueiredo impediu que os azuis e brancos conquistassem o terceiro troféu da temporada depois de já terem garantido a Supertaça e Taça de Portugal. Mantêm-se assim com oito Taças, cinco na era pós-Liga Profissional, em 14 finais. Na passada temporada haviam sido batidos pelo Benfica (72-66).
Quanto à Oliveirense, trata-se da quinta conquista, terceira (2018/19, 2019/20) desde a mudança de nome da prova (2002/03, 2005/06), num total de seis finais.