Quando a bandeira quadriculada foi agitada no Grande Prémio de São Petersburgo, marcando o início da temporada de IndyCar de 2025, foi Alex Palou quem emergiu como a força dominante. Com uma performance de bravura que deixou os seus concorrentes à beira do desespero, o campeão em título demonstrou mais uma vez porque é ele quem todos têm de vencer.
Palou, ao volante do Honda No.10 DHL Chip Ganassi Racing, começou a corrida a partir da oitava posição na grelha. No entanto, a sua combinação magistral de paciência, velocidade e brilhantismo estratégico permitiu-lhe abrir caminho pelo pelotão e conquistar a vitória. O triunfo do espanhol, com uma margem de 2.8669 segundos sobre o seu colega de equipa Scott Dixon, marcou o primeiro 1-2 da Chip Ganassi Racing desde a corrida de Mid-Ohio em 2023.
Na sua entrevista pós-corrida, Palou não conseguiu esconder a sua alegria: “Deram-me tudo o que precisávamos este fim de semana para vencer,” exclamou, radiante. “A nossa estratégia mudou muito durante aquele primeiro amarelo, mas estou tão feliz por termos colocado o No. 10 na Victory Lane. Já passaram 138 dias desde Nashville, e tenho sonhado com isto todas as noites.”
Apesar de uma avaria na rádio que o deixou sem comunicação durante as últimas 90 voltas, Dixon, um campeão de IndyCar por seis vezes, conseguiu garantir o segundo lugar. Josef Newgarden, da Team Penske, conquistou o terceiro lugar no pódio, com Scott McLaughlin e Kyle Kirkwood a completar o top cinco.
Um fator decisivo na vitória de Palou foi a sua audaciosa estratégia no início da corrida. Após uma bandeira amarela na Volta 3, Palou, Dixon e Newgarden aproveitaram a oportunidade para entrar nas boxes cedo, trocando os seus pneus alternativos Firestone mais suaves por primários mais duráveis. Este movimento ousado permitiu-lhes controlar o ritmo da corrida, enquanto aqueles que optaram por ficar na pista, incluindo McLaughlin, que partiu da pole, foram obrigados a parar mais tarde sob condições de bandeira verde, levando à perda de uma valiosa posição na pista.
O ponto de viragem na corrida aconteceu na volta 72, quando Palou fez a sua paragem final nos boxes. Dixon, prejudicado pelos problemas de rádio, atrasou a sua paragem por uma volta e ficou preso no trânsito. Este erro estratégico deu a Palou a oportunidade que precisava para assumir o controlo da corrida. “Acho que [Dixon] ficou preso no trânsito um pouco. É por isso que a equipa 10 decidiu entrar nos boxes um pouco mais cedo. Tivemos uma volta de saída realmente limpa, conseguimos correr rápido e apenas abrimos uma distância a partir daí,” explicou Palou.
Apesar dos melhores esforços de Newgarden para fechar a diferença, reduzindo-a para menos de um segundo com cinco voltas para o fim, Palou usou habilmente o trânsito dos pilotos lapidados para aumentar a sua vantagem, acabando por cruzar a linha de chegada em primeiro.
Enquanto Palou celebrava a sua vitória, o vencedor do ano passado em St. Petersburg, Pato O’Ward, teve uma performance louvável. Apesar de ter começado da 23ª posição, O’Ward subiu 12 lugares para terminar em 11º, a maior subida de posições da corrida.
À medida que a temporada de IndyCar de 2025 muda de marcha para o Grande Prémio do Thermal Club na Califórnia a 23 de março, os rivais de Palou terão de encontrar uma forma de igualar o seu ritmo se esperam desafiar o campeão. Uma coisa é certa, no entanto: a temporada de IndyCar de 2025 começou com grande impacto, e Alex Palou é mais uma vez o piloto a bater.