"Este espaço foi projetado pelos clubes nos últimos seis anos e teve um investimento totalmente privado, assumido pela LPFP. Permitirá implementar um conceito único de experiências, que está muito virado para os adeptos e ao qual se acopla uma área de ensino académico", traçou o presidente do organismo, Pedro Proença, em declarações aos jornalistas no final de uma visita guiada às zonas imersivas da nova empreitada.
Além de um edifício central com 10 andares, incluindo três para escritórios e serviços complementares, dois destinados a estacionamento subterrâneo e um com a escola da LPFP, a sede oferece cinco grandes áreas experimentais às diferentes faixas etárias.
"É um espaço pensado não apenas para servir de mera sede da LPFP, mas para ser uma casa aberta e interativa, que está ao dispor de todos e tem uma série de valências", sinalizou o diretor-executivo do organismo, Vasco Pinho, que conduziu a visita guiada.
Através da denominada Praça do Adepto, que acolherá fãs em dias de jogo e é servida por um ecrã gigante fixado no edifício principal, os visitantes acedem a uma loja, onde podem adquirir ingressos para os jogos da I e II Ligas ou produtos das 34 sociedades desportivas dos dois escalões, bem como tornarem-se associados desses emblemas.
Abrindo caminho a um local com peças museológicas, que contam a história do futebol português e da LPFP, essa loja situa-se perto de uma zona dedicada às crianças e de outra laboratorial, na qual um café e um espaço de eSports rodeiam um campo de relva sintética direcionado para a prática da modalidade.
"Além do relvado de dimensões mais reduzidas, que é apoiado por bancadas de quase 300 lugares, há uma série de estações experienciais para testar as capacidades dos jogadores. Elas são desenvolvidas de forma muito tecnológica e vão desde a velocidade ao salto, passando pelo remate, o drible ou a capacidade técnica", explicou Vasco Pinho.
Desenhada pelo escritório de arquitetura OODA, num investimento avaliado em 18 milhões de euros (ME), a nova casa do futebol profissional português proporciona ainda experiências gastronómicas num restaurante panorâmico e vai abrir ao público em 2025.
"Estamos muito satisfeitos por cumprir este projeto, que marcará uma nova relação que o futebol português profissional quer ter, colocando o adepto na sua centralidade", frisou Pedro Proença, que cumpre o terceiro mandato à frente da LPFP, extensível até 2027.
Com 18 mil metros quadrados construídos, dos quais 5.000 representam áreas verdes, a recém-criada sede da LPFP foi erguida desde fevereiro de 2022 num terreno cedido pela Câmara Municipal do Porto e ostenta uma arquitetura vanguardista e tecnologia de ponta.
Exemplo do traço multidisciplinar deste espaço de trabalho e lazer é o auditório, que tem 300 lugares sentados e vai acolher a cerimónia de inauguração na sexta-feira, às 15:00.
"Este conceito vai iniciar-se no Porto e tem um plano comercial de desenvolvimento no mercado nacional. Depois, quando chegarmos à centralização dos direitos audiovisuais, será projetado em termos de internacionalização da marca da LPFP e dos 34 clubes que compõem o futebol profissional", apontou Pedro Proença, potencial candidato às eleições da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que decorrerão em 14 de fevereiro de 2025.
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