Tal como na apresentação como treinador dos leões, em janeiro, numa fase de crise em Alvalade, Rui Borges aproveita o título para recordar o início de tudo.

"Eu e a minha equipa técnica chegámos aqui pelo trabalho, pela capacidade que tivemos de resiliência em alguns momentos. Pela competência porque é uma equipa técnica desconhecida, eu não fui um grande jogador, não estudei, sou apenas o Rui Borges, comecei lá atrás, deram-me oportunidades pelo trabalho... é o culminar de um sonho", frisou.

"Agora é levantar a cabeça e seguir, ainda há mais um troféu para disputar, é um mix de emoções mas não podia estar mais feliz do que o que estou e a felicidade deles é o que me deixa mais feliz", continuou.

Questionado pela Sport TV a que é que sabe este momento, chegam palavras de quem ainda está a digerir, misturado com um suspiro de algum alívio: "Eu sei lá a que é que sabe... é como disse, a vida foi-me sempre dizendo que temos de a viver e temos de ser felizes, sempre no nosso dia a dia e foi um bocado disso. O dinheiro dá muitas coisas, somos uns sortudos nesse aspecto... é mesmo a felicidade de fazer o que fazemos. Quero deixar um beijo aos meus pais, à minha mulher e ao meu filho, a toda a minha família, porque o meu maior desejo era que eles em algum momento se sentissem orgulhosos do filho e acho que sentem, devem estar a sofrer muito, a chorar muito lá em casa".

No final, ainda um abraço para Mirandela, a sua terra natal. "As pessoas têm sido inacreditáveis, pessoas de outros clubes a querer torcer por alguém que é da terra e isso para mim é o maior troféu, o reconhecimento dos que gostam de nós, dos que sofreram connosco. Sou apenas o Rui Borges de Mirandela, com todos os defeitos, todas as virtudes, um rapaz que acreditou num sonho e foi trilhando o seu caminho com mérito, competência."