A França entra amanhã em campo frente a Portugal com o estatuto de campeã da Europa, mas os adversários da Seleção Nacional sabem que os portugueses valem muito mais do que o estatuto de outsider que carregaram até às meias-finais.
Ludovic Fabregas, o pivot de 28 anos que representa o Veszprém, não tem dúvidas da qualidade que existe na formação lusa, a que junta a atitude correta. «Há muito talento em Portugal. Com os irmãos Costa, Luís Frade, Salvador Salvador, que para mim está a dar muito, quer na defesa quer no ataque com a sua garra. É uma equipa que trabalha muito e é perigosa», disse à agência Lusa o internacional gaulês.
Porém, nada disso desvia Fabregas da meta de conquistar a medalha de bronze e só há uma forma de o fazer: deixando Portugal bastante longe no marcador. «Nós queremos ganhar, porque queremos acabar este torneio com uma medalha, mas também sabemos que Portugal tem a mesma ambição. Será uma pequena final e complicado para ambas as equipas. Este jogo tem muita importância para nós, que estamos a iniciar um novo ciclo. A medalha é encarada como uma recompensa pelo trabalho até agora realizado e trará mais confiança e certeza ao novo projeto», concluiu.
Para Nédim Rémili, 29 anos, a França vai defrontar «uma seleção portuguesa que está a fazer história e que pode, pela primeira vez, conquistar uma medalha num Mundial».
O lateral do Veszprém prefere destacar o coletivo da equipa portuguesa, mas acaba por escolher alguns rivais de quem não espera facilidades: «Sabemos que vão lutar muito, como o têm feito durante a prova, e esperamos um jogo complicado, mas queremos levar a medalha para França. Todos os jogadores vão colocar problemas. São todos de enorme potencial, lutar com o [Victor] Iturriza e o [Luís] Frade é complicado. Jogo contra eles na Liga dos Campeões e são muito bons», elogiou.