Piloto da Prima Pramac Yamaha apontou aos 10 primeiros lugares no campeonato e não descartou a hipótese de ainda vir a ser campeão
Miguel Oliveira esteve esta quarta-feira na Boavista, na cidade do Porto, onde realizou uma campanha publicitária para a Estrella Galicia. Em declarações aos jornalistas, o piloto português que, aos 29 anos, abraçou um novo projeto com a Prima Pramac Yamaha, apontou ao objetivo dos 10 primeiros lugares no campeonato e realçou a recuperação positiva das lesões nas últimas temporadas.
Satisfeito com mudança para a Yamaha?
"Sim, muito satisfeito, uma mudança positiva, um projeto muito ambicioso e no seu início. Algo também inédito feito pela marca, pela primeira vez vai ser uma equipa externa à Yamaha oficial, mas com motos e apoio igual às de fábrica. É um sinal claro de que os tempos estão a mudar. Existe muita ambição de chegar ao topo."
Vai ser um desafio ainda maior, a fasquia está elevada?
"O desafio é sempre enorme. Pior seria passar pelo que eu passei este ano. Ter uma moto aparentemente igual, mas sem o apoio para trabalhar nela, torna-se frustrante. No caso da Yamaha, vamos ter uma estrutura para ajudar a nossa própria equipa e vai impulsionar as novas ideias. Acho que vamos fazer um bom trabalho, a equipa é campeã do mundo, estamos num bom caminho."
Expectativas são altas para este ano?
"A Yamaha viveu momentos complicados nos últimos dois anos. Os seus dois pilotos terminaram em 10.º e 13.º no campeonato, por isso acho que é preciso fazer um ano em que consígamos estar constantemente no top 10. 2025 vai ser o primeiro ano com esta mota, por isso acredito que vai ser positivo."
O que será necessário para melhorar a posição destes últimos anos?
"Depende de muita coisa. Obviamente, nem tudo está dependente de mim, por assim dizer. Apesar de ser um desporto individual tem uma vertente coletiva muito preponderante. A máquina não pode falhar, como aconteceu nestas duas últimas épocas. Acredito que, a nível técnico cresci bastante como piloto, sou mais completo e isso vai ajudar-me a fazer esta transição para a moto nova. Regresso às vitórias? Estará no horizonte, claro."
Que sensações ficaram dos primeiros testes?
"Sensações boas, há dois pontos essenciais a melhorar na mota e são pontos bastante preponderantes para a nossa competitividade. Mas tudo o resto agradou-me bastante, quando olhámos para o lado e para as outras motas, temos tendência a comparar. A Yamaha parecia ser uma mota com muitas dificuldades, mas a verdade é que o que pensei que ia encontrar era mais difícil. Foi precisamente o contrário, ficámos agradados."
Foi necessário adaptar o estilo de pilotagem?
"Com um dia de testes é muito difícil de dizer o que preciso. A minha volta ideal seria a sete ou oito décimas do Quartararo, que ficou em 2º nos testes. Tivemos pouco tempo de olhar a fundo para isso. A equipa pegou na mota às 18 horas do dia anterior, é preciso entender as circunstâncias. Acho que a partir de fevereiro vamos ter uma ideia mais clara do que temos na mão."
Já se sente a 100 por cento, após as lesões?
"Eu fiz uma recuperação muito boa do pulso, ainda há umas arestas a limar, sobretudo relacionado com algum edema ainda, mas são coisas que naturalmente, com dois meses para recuperar, vão melhorar. Vou chegar a mais de 100 por cento a Sepang, isso é garantido."
Como tentar dar a volta a estas fases de recuperação?
"São fases diferentes, há certos momentos em que é muito frustrante. Não conseguimos fazer nada a não ser esperar e ser pacientes. Tenho mais tendência a agarrar-me num possível retorno à competição e nas coisas do dia a dia. Já poder tomar banho com as duas mãos, poder fazer uma flexão, sair para correr ou dar uma volta de bicicleta, todas estas pequenas vitórias ajudam, é um processo. Apesar de ser um período de, no meu caso, cinco corridas no sofá, também se passa por um período temporal."
Quando regressa à pista, há confiança ou receio?
"Há sempre receio, estaria a mentir se dissesse que fui para a última corrida com 200 por cento de certeza que tudo iria correr bem. Há sempre estas pequenas nuances, com algumas incertezas. Consegui desbloquear muita coisa ao longo do fim de semana, foi uma evolução ao nível psicológico e voltar a competir. Estava a comparar-me com pilotos que tinham feito uma época inteira e isso foi injusto. Mas correu bem, com todas as limitações que tive a treinar."
Que lugar o deixaria satisfeito em termos de campeonato?
"Estar dentro do top 10 no final do campeonato. Este ano vamos ter menos duas Ducatis, sabemos que a nível de consistência aos domingos, são as motas a bater. Seja com qualquer piloto, todas elas acabam por lá estar. Temos de tirar proveito disso, tirar proveito dos pilotos a adaptarem-se às novas motas, podemos talvez limar algumas arestas com alguns dias de testes, mas num campeonato tudo tem a ver com a consistência. Sobretudo nestes fins de semana que se pontua bastante tanto ao sábado como ao domingo. Para isso acontecer, é preciso sermos rápidos e isso vem do rendimento da mota na qualificação."
São já seis épocas na MotoGP. Ainda pensa que pode ser campeão mundial?
"Vou fazer 30 anos em janeiro. Estaria a mentir se dissesse que é o timing natural, não é. Não é o que temos vindo a ver no desporto, mas, por outro lado, sinto que se as coisas ligarem bem e estando conectado com a equipa e com a mota, acredito que posso ser campeão do mundo."
Como será a relação com o Jack Miller, seu novo colega, durante a época?
"Tenho muito boa relação com o Jack, conheço-o desde pequeno, quase que coincidimos nos mesmos campeonatos, até ele subir da Moto3 para o MotoGP. A minha expectativa é que ele chegue sempre atrás de mim nas corridas."
Os pormenores fazem a diferença?
"Eu olho para tudo como uma oportunidade, um desafio. Nós beneficiamos das concessões, vamos ter três dias de testes adicionais face ao resto, exceto a Honda. E claro, existem três Rookies que subiram à categoria este ano, são oportunidades para que possamos preencher um bom espaço e sermos bons candidatos a vencer, sendo a segunda melhor marca a seguir à Ducati. Os campeonatos são feitos de consistência, encaro assim deste modo. A circunstância é, no entanto, o início do arranque e uma fase de trampolim para que, em 2026, a Yamaha entender que a nova mota estará pronta para vencer."
Satisfeito com mudança para a Yamaha?
"Sim, muito satisfeito, uma mudança positiva, um projeto muito ambicioso e no seu início. Algo também inédito feito pela marca, pela primeira vez vai ser uma equipa externa à Yamaha oficial, mas com motos e apoio igual às de fábrica. É um sinal claro de que os tempos estão a mudar. Existe muita ambição de chegar ao topo."
Vai ser um desafio ainda maior, a fasquia está elevada?
"O desafio é sempre enorme. Pior seria passar pelo que eu passei este ano. Ter uma moto aparentemente igual, mas sem o apoio para trabalhar nela, torna-se frustrante. No caso da Yamaha, vamos ter uma estrutura para ajudar a nossa própria equipa e vai impulsionar as novas ideias. Acho que vamos fazer um bom trabalho, a equipa é campeã do mundo, estamos num bom caminho."
Expectativas são altas para este ano?
"A Yamaha viveu momentos complicados nos últimos dois anos. Os seus dois pilotos terminaram em 10.º e 13.º no campeonato, por isso acho que é preciso fazer um ano em que consígamos estar constantemente no top 10. 2025 vai ser o primeiro ano com esta mota, por isso acredito que vai ser positivo."
O que será necessário para melhorar a posição destes últimos anos?
"Depende de muita coisa. Obviamente, nem tudo está dependente de mim, por assim dizer. Apesar de ser um desporto individual tem uma vertente coletiva muito preponderante. A máquina não pode falhar, como aconteceu nestas duas últimas épocas. Acredito que, a nível técnico cresci bastante como piloto, sou mais completo e isso vai ajudar-me a fazer esta transição para a moto nova. Regresso às vitórias? Estará no horizonte, claro."
Que sensações ficaram dos primeiros testes?
"Sensações boas, há dois pontos essenciais a melhorar na mota e são pontos bastante preponderantes para a nossa competitividade. Mas tudo o resto agradou-me bastante, quando olhámos para o lado e para as outras motas, temos tendência a comparar. A Yamaha parecia ser uma mota com muitas dificuldades, mas a verdade é que o que pensei que ia encontrar era mais difícil. Foi precisamente o contrário, ficámos agradados."
Foi necessário adaptar o estilo de pilotagem?
"Com um dia de testes é muito difícil de dizer o que preciso. A minha volta ideal seria a sete ou oito décimas do Quartararo, que ficou em 2º nos testes. Tivemos pouco tempo de olhar a fundo para isso. A equipa pegou na mota às 18 horas do dia anterior, é preciso entender as circunstâncias. Acho que a partir de fevereiro vamos ter uma ideia mais clara do que temos na mão."
Já se sente a 100 por cento, após as lesões?
"Eu fiz uma recuperação muito boa do pulso, ainda há umas arestas a limar, sobretudo relacionado com algum edema ainda, mas são coisas que naturalmente, com dois meses para recuperar, vão melhorar. Vou chegar a mais de 100 por cento a Sepang, isso é garantido."
Como tentar dar a volta a estas fases de recuperação?
"São fases diferentes, há certos momentos em que é muito frustrante. Não conseguimos fazer nada a não ser esperar e ser pacientes. Tenho mais tendência a agarrar-me num possível retorno à competição e nas coisas do dia a dia. Já poder tomar banho com as duas mãos, poder fazer uma flexão, sair para correr ou dar uma volta de bicicleta, todas estas pequenas vitórias ajudam, é um processo. Apesar de ser um período de, no meu caso, cinco corridas no sofá, também se passa por um período temporal."
Quando regressa à pista, há confiança ou receio?
"Há sempre receio, estaria a mentir se dissesse que fui para a última corrida com 200 por cento de certeza que tudo iria correr bem. Há sempre estas pequenas nuances, com algumas incertezas. Consegui desbloquear muita coisa ao longo do fim de semana, foi uma evolução ao nível psicológico e voltar a competir. Estava a comparar-me com pilotos que tinham feito uma época inteira e isso foi injusto. Mas correu bem, com todas as limitações que tive a treinar."
Que lugar o deixaria satisfeito em termos de campeonato?
"Estar dentro do top 10 no final do campeonato. Este ano vamos ter menos duas Ducatis, sabemos que a nível de consistência aos domingos, são as motas a bater. Seja com qualquer piloto, todas elas acabam por lá estar. Temos de tirar proveito disso, tirar proveito dos pilotos a adaptarem-se às novas motas, podemos talvez limar algumas arestas com alguns dias de testes, mas num campeonato tudo tem a ver com a consistência. Sobretudo nestes fins de semana que se pontua bastante tanto ao sábado como ao domingo. Para isso acontecer, é preciso sermos rápidos e isso vem do rendimento da mota na qualificação."
São já seis épocas na MotoGP. Ainda pensa que pode ser campeão mundial?
"Vou fazer 30 anos em janeiro. Estaria a mentir se dissesse que é o timing natural, não é. Não é o que temos vindo a ver no desporto, mas, por outro lado, sinto que se as coisas ligarem bem e estando conectado com a equipa e com a mota, acredito que posso ser campeão do mundo."
Como será a relação com o Jack Miller, seu novo colega, durante a época?
"Tenho muito boa relação com o Jack, conheço-o desde pequeno, quase que coincidimos nos mesmos campeonatos, até ele subir da Moto3 para o MotoGP. A minha expectativa é que ele chegue sempre atrás de mim nas corridas."
Os pormenores fazem a diferença?
"Eu olho para tudo como uma oportunidade, um desafio. Nós beneficiamos das concessões, vamos ter três dias de testes adicionais face ao resto, exceto a Honda. E claro, existem três Rookies que subiram à categoria este ano, são oportunidades para que possamos preencher um bom espaço e sermos bons candidatos a vencer, sendo a segunda melhor marca a seguir à Ducati. Os campeonatos são feitos de consistência, encaro assim deste modo. A circunstância é, no entanto, o início do arranque e uma fase de trampolim para que, em 2026, a Yamaha entender que a nova mota estará pronta para vencer."