
Marc Márquez ainda não tem uma explicação concreta para a queda que o impediu de lutar pela vitória no Grande Prémio de Espanha de MotoGP.
O piloto da Ducati arrancou da segunda posição em Jerez, mas perdeu um lugar para o companheiro de equipa, Francesco Bagnaia, logo na partida. Márquez tentou recuperar a posição ainda antes do final da primeira volta, tendo havido inclusive contacto entre os dois pilotos da Ducati, mas o italiano acabou por levar a melhor neste duelo.
Na terceira volta, contudo, Márquez foi ao chão na curva oito. Apesar de regressar à corrida, só conseguiu recuperar até ao 12.º lugar. Aos jornalistas, o piloto confessou não ter uma explicação para a queda, mas mostrou-se satisfeito com a velocidade que demonstrou depois do incidente. Márquez foi o mais rápido em pista na segunda metade da corrida, ritmo esse que só o irmão Alex Márquez, que conquistou a sua primeira vitória em MotoGP, conseguiu igualar.
«Foi um erro do qual temos de aprender para que não se repita no futuro, se quisermos lutar pelo campeonato. Temos muita velocidade, mas mais uma vez… em Austin percebi por que caí, mas hoje não tenho explicação. Tenho de analisar a situação, porque não estava a atacar, estava a controlar a minha velocidade, pois sabia que seria muito forte na segunda metade da corrida, como aconteceu nas primeiras provas da temporada. Mas aconteceu, por isso temos de aceitar a situação. Não analisei os dados, mas talvez tenha entrado na curva com uma inclinação ligeiramente maior. Estava atrás de dois pilotos e foi a primeira vez durante o fim de semana que me encontrei nessa situação, o que pode ter alterado o comportamento da mota, algo que não previ. Por isso, acabei por cometer um erro. O importante é que temos velocidade, mas não podemos cometer erros. A velocidade que demonstrei após a queda deixa-me satisfeito. Se não tens velocidade e sofres uma queda, então tens de corrigir duas coisas: as quedas e o ritmo. Mas nós temos velocidade, simplesmente não podemos cometer erros. Viu-se o quão forte eu estava na segunda metade da corrida. Mas tenho de aprender com isto para o futuro. Apesar de toda esta situação, estou apenas a um ponto do líder, o que é o mais importante. A luta com o Pecco [Bagnaia] no início foi boa. Todos sabem que a primeira volta é muito importante, especialmente aqui em Jerez, e tivemos um ligeiro contacto na curva 11. Tirando isso, a luta foi boa e foi pena não a termos podido continuar até ao fim. A única coisa que me faz sorrir hoje é o meu irmão. Estou muito feliz por ele, orgulhoso, porque trabalhou muito para a sua primeira vitória em MotoGP. Era um dos seus objetivos. Venceu uma corrida, voltou à liderança do campeonato e está a pilotar de forma incrível. Por isso, estou muito orgulhoso dele», comentou Márquez.