
O espanhol Marc Márquez parece renascido das cinzas e já há quem aposte que o seu domínio no Mundial deste ano com a Ducati se pode tornar um verdadeiro pesadelo para os seus rivais.
O triunfo fácil no GP da Tailândia, corrida de abertura do ano, confirmou apenas aquilo que todos adivinhavam: o espanhol de volta ao seu melhor nível e não vai ser fácil acompanhá-lo. Aliás, o seu companheiro de equipa, o italiano Pecco Bagnaia, terceiro no Buriram, não deixou dúvidas, no final da prova, sobre o que está para vir. «O Marc brincou. Ele podia ter ganho com cinco segundos de vantagem. Tenho de perceber o que está a fazer de diferente», disse o bicampeão mundial (2023 e 2024).
Hoje, o jornal AS revela que Marc Márquez recusou uma proposta da Honda - onde foi seis vezes campeão do Mundo - de 100 milhões de euros por um contrato de quatro anos e decidiu trocar a equipa de fábrica pela modesta Gresini Racing. Estreou-se em Portugal em 2023, com o quinto lugar.
Márquez disse que precisava de um ambiente amigável para se recuperar de um final difícil na passagem de 11 anos pela Honda, que foi prejudicada por uma lesão que alterou sua carreira e por uma moto pouco competitiva. «A Gresini tornou-se uma equipa super importante na minha carreira em apenas um ano e eu encontrei a atmosfera perfeita para renascer e para sentir novamente que sou competitivo», disse Márquez na altura.
Agora, o espanhol corre atrás do nono título mundial e, também de igualar Valentino Rossi, que conquistou sete Mundiais de MotoGP (2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2009).
Quando muitos diziam que a sua carreira tinha acabado, foi na Gresini, uma equipa independente que recebe pouco apoio de fábrica da Ducati, dirigida por Nadia Padovani, mulher do falecido fundador e ex-piloto Fausto Gresini, que Márquez reencontrou a sua paixão pelas motos.
Aos 32 anos, está de volta à discussão dos títulos, o que não acontece desde 2019, quando uma sucessão de quedas e lesões pareciam ter terminado com uma carreira brilhante. O desgaste físico e mental, como o próprio assumiu, quase deitaram tudo a perder, mas agora quer aparecer melhor do que nunca para continuar a acrescentar títulos ao seu currículo onde constam os troféus de 2013, 2014, 2026, 2017, 2018 e 2019.
Há mais de cinco anos, que Márquez não liderava o Mundial. Claro que é o primeiro Grande Prémio da temporada, mas não acontecia desde 2019.