O ex-presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF, sigla em espanhol), Luis Rubiales, começa a ser julgado esta segunda-feira por agressão sexual a Jenni Hermoso após a final do Mundial de futebol feminino em 2023.

A acusação considera que o beijo que o antigo presidente da RFEF deu à atleta espanhola "não foi consentido", classificando-o como "uma ação unilateral e de surpresa".

O Ministério Público pediu dois anos e meio de prisão para Rubiales.

Esta sexta-feira será ainda ouvida em tribunal Jenni Hermoso, que já disse ter considerado o beijo uma agressão, queixando-se também de coações por parte de outros dirigentes da RFEF e da seleção feminina, que queriam que a jogadora corroborasse a versão diferente sobre o beijo que deu Luis Rubiales.

Após os acontecimentos, ocorridos em 20 de agosto de 2023, na final do Mundial, que a Espanha venceu, o dirigente, que inicialmente recusou a demissão do cargo - o que viria a acontecer em 10 de setembro -, disse ter sido um pequeno beijo consentido e referiu estar a ser alvo de um "falso feminismo".

Depois deste episódio, a FIFA suspendeu por três anos, em 30 de outubro do mesmo ano, Luis Rubiales de todas as atividades relacionadas com futebol, indeferindo posteriormente o recurso apresentado pelo ex-presidente.

Além da saída de Rubiales, a federação demitiu o treinador da seleção feminina, Jorge Vilda, e substituiu-o por Montsé Tomé, que era a 'número dois' do selecionado.