O antigo presidente da Associação de Futebol do Porto Lourenço Pinto, amigo de Pinto da Costa, lembrou este sábado o legado que o antigo presidente do FC Porto deixou em vida, no dia da sua morte, aos 87 anos.

"Era um lutador, fez tudo em nome do clube, por vezes com sacrifício da sua vida e da sua própria pessoa. Mas, conseguiu para o Porto, para o país e para o norte, aquilo que era o que mais desejava, as vitórias do seu clube do coração", disse Lourenço Pinto em declarações à agência Lusa.

O advogado definiu o amigo "como um homem bom" e que todos perderam um amigo, não só os amigos verdadeiros.

"Todos perdemos um amigo, não só os amigos dele, verdadeiros, mas todos o que pertencem ao clube e não só. Todos temos que o ver como um amigo, um homem lutador, polémico, mas que toda a gente gostava de ver, quer com concordância ou discordância", disse.

Lourenço Pinto considerou que Pinto da Costa "marcava sempre", pela sua "capacidade, dialética, força e saber".

"Deixou uma marca indelével e um legado ao FC Porto, de enorme dimensão", acrescentou, lembrando quanto era estimado por qualquer presidente em Milão, Madrid ou Roma: "Os presidentes dos clubes respeitavam-no".

Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu hoje aos 87 anos, vítima de cancro.

Pinto da Costa tinha sido diagnosticado com um cancro na próstata em setembro de 2021 e agravou o seu estado de saúde nas últimas semanas, menos de um ano depois da derrota para a presidência do clube frente a André Villas-Boas.

Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades - 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.