Em terras de Santa Mafalda jogou-se o duelo que abriu a última jornada da Liga Portugal Betclic em 2024. Condicionados por um nevoeiro que assolou o Estádio Municipal de Arouca, a igualdade (1-1) entre arouquenses e gilistas parece adequar-se ao sucedido dentro das quatro linhas.
Os forasteiros entraram em campo com o onze com que haviam empatado frente ao Sporting CP, enquanto Vasco Seabra fez entrar Uladzislau Marozau para o lugar de Güven Yalçin - que viria a ser decisivo na parte final da partida.
Nem lobos, nem galos
Num duelo marcado pelo histórico imensamente favorável aos arouquenses, foi mesmo o Gil Vicente quem chegou ameaçou primeiro. O relógio de Cláudio Pereira marcava três minutos quando Félix Correia, servido por Santi, isolou Jordi Mboula na cara de Mantl, mas o guardião alemão levou a melhor com uma grande parada.
Daí em diante... as balizas pouco se viram. Depois de um início animado, a partida entre lobos e galos arrefeceu à boleia do frio que se fazia sentir na Vila de Arouca.
A turma de Bruno Pinheiro conseguiu superiorizar-se à primeira linha de pressão dos arouquenses e sair desde trás com algum sucesso, mas faltou acerto no último terço. Por outro lado, os comandados por Vasco Seabra sentiram mais dificuldades no jogo interior e optaram pelo jogo direto.
Foi desta forma que, numa dupla oportunidade, os homens da casa conseguiram criar perigo. Marozau teve nos pés a oportunidade de inaugurar o marcador, aos 26' e aos 28'. No primeiro lance rematou rasteiro e sem oposição, mas permitiu a defesa fácil de Andrew, e no segundo, depois de um belo trabalho, fletiu da direita para dentro, atirou de pé esquerdo... mas viu o guardião gilista voar para uma gigante defesa.
À boleia da neblina
As equipas voltaram dos balneários e com elas voltou também um intenso nevoeiro que assolou o Estádio Municipal de Arouca e dificultou - e muito - a visão dentro das quatro linhas, mas não o suficiente para interromper a partida.
Os segundos 45 minutos começaram da mesma forma com que a primeira metade havia terminado. Nem galos, nem lobos pareciam capazes de ferir as balizas contrárias nos primeiros minutos depois do descanso.
Eis que à passagem do minuto 64', e quando pouco o fazia prever, a formação de Barcelos chegou mesmo à vantagem. Livre lateral cobrado de forma venenosa por Félix Correia, corte incompleto de Loum e Mory Gbane, na cara de Mantl, só teve de encostar.
Com o golo do Gil e com o jogo a animar, eis que... chegou, novamente, a neblina. Desta feita, de forma muito mais intensa, obrigando à ordem de suspensão da mesma pelo árbitro do encontro, Cláudio Pereira.
Findados cerca de 15 minutos, o nevoeiro levantou-se e os 22 atletas voltaram ao retângulo verde. A pausa fez bem à formação de Arouca que, empurrada por uma bancadas agitadas, voltou com mais energia. Lamba esticou na frente e perante a passividade defensiva de dois gilistas, apareceu o recém-entrado Yalcin.
No frente a frente com Andrew, não tremeu e garantiu que história de invencibilidade dos Lobos perante o Gil Vicente se mantivesse intacta. Até ao final não se registaram mais lances de destaque. Pontos para ambos os conjuntos nesta fria noite em Arouca.