A Liga Espanhola de futebol (La Liga) e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) registaram hoje oficialmente Dani Olmo e Pau Víctor como jogadores do FC Barcelona, pelo que ambos estão disponíveis disputar a final da Supertaça.
O médio, de 26 anos, e o avançado, de 23, já aparecem nos sites dos organismos como jogadores do plantel principal e figuram como últimas aquisições dos culés, depois de terem visto os seus nomes serem retirados em 01 de janeiro.
A reinscrição só foi conseguida graças à decisão do Conselho Superior de Desporto (CSD), que aceitou uma medida cautelar interposta pelo clube catalão para utilizar os dois jogadores já na final da Supertaça de Espanha.
Na sequência do veredicto, o organismo presidido por Javier Tebas notou que a posição do CSD é conhecida sem o recurso ter sido tramitado, bem como as posições de La Liga e federação, além de se "desconhecerem os argumentos utilizados pelos jogadores e pelo FC Barcelona" nesta fase.
Apesar da decisão do CSD, que admitiu a medida cautelar urgente do 'Barça', permitindo que Olmo e Victor possam jogar, esta autorização é provisória.
Na quarta-feira, o FC Barcelona bateu o Athletic Bilbau, por 2-0, e qualificou-se para a final da Supertaça de Espanha, na qual vai defrontar o Real Madrid ou o Maiorca.
Em 04 de janeiro, a comissão conjunta que une federação e Liga espanhola rejeitou a inscrição dos dois, com destaque para Olmo, figura de proa da Espanha campeã da Europa no último verão, após terem atuado na primeira metade da época com uma licença provisória.
Em causa está a falta de garantias financeiras por parte dos catalães, que tinham alegado motivos de força maior para a reinscrição, recusada, depois de, no seio da crise financeira que vive e com uma folha salarial acima das possibilidades, ter aproveitado a lesão do defesa Andreas Christensen para inscrever Olmo.
O avançado, contratado por perto de 60 milhões de euros, e Pau Victor tornaram-se a face da crise vivida pela direção de Joan Laporta, que procurou meios alternativos de financiamento, incluindo vender a operação dos camarotes VIP do Camp Nou, mas para lá do prazo estipulado pela La Liga.
Apesar de a Liga ter confirmado que o 'Barça' tinha conseguido garantias suficientes para cumprir o 'fair play' financeiro e voltar à operação normal, as licenças dos dois tinham caducado, ficando impedidos pelos regulamentos de os reinscrever no mesmo clube, algo que os 'culés' disputam agora em sede de recurso.