Três minutos. Era esse o tempo que os Países Baixos tinham de aguentar para conseguirem aplicar o primeiro desaire (em jogo oficial) em dois anos da Espanha, mas os campeões europeus acabaram por conseguir evitar a derrota, já no tempo de compensação (2-2).

No entanto, as coisas até começaram da melhor maneira para os espanhóis, graças a um golo logo aos nove minutos: numa perda de bola de Hato, Lamine Yamal recuperou-a, deu-a a Pedri e o médio assistiu Nico Williams, que rodou de forma brilhante e abriu o marcador, apesar de Verbruggen ainda ter tocado na bola.

A reação dos neerlandeses ainda demorou um pouco, mas chegou na primeira parte. Numa jogada de insistência, Kluivert assistiu Gakpo e o avançado do Liverpool atirou de primeira e de forma potente, e rasteira, para o fundo das redes, ao minuto 28.

Antes da ida para o intervalo, Cubarsí lesionou-se e teve de ser substituído, após receber assistência médica no relvado. Para o seu lugar entrou o estreante Dean Huijsen, que, curiosamente, nasceu nos Países Baixos, mais concretamente em Amesterdão, país pelo qual representou nas camadas jovens, até aos sub-21.

Estava tudo empatado no começo do segundo tempo, mas bastaram apenas alguns segundos para os visitados conseguirem a reviravolta no marcador. Reijnders combinou muito bem com Frimpong e atirou de pé esquerdo, à entrada da grande área, num pontapé semelhante ao de Gakpo, sem hipóteses para Unai Simón.

Já perto do fim, ao minuto 81, Hato, que tinha sido o principal culpado no primeiro golo, cometeu uma entrada muito dura sobre Le Normand e o árbitro mostrou-lhe o cartão vermelho direto. Em desvantagem numérica, a equipa de Ronald Koeman não conseguiu aguentar a vantagem mínima na eliminatória e acabou mesmo por sofrer o golo do empate.

Nico Williams rematou para a defesa de Verbruggen e Merino só teve de encostar na recarga. Com este golo, fica tudo em aberto para domingo, em Valência. Samu, do FC Porto, não saiu do banco.