
Uma partida importante para as duas disputas em aberto na Liga 2: o Torreense ainda sonha com a ascensão ao escalão principal, ao passo que o Marítimo tem próxima a materialização da permanência na prova. No fim de contas, uma igualdade (2-2) que preocupa o emblema de Torres Vedras e que fará sorrir os insulares, aos quais apenas falta um ponto para garantir a permanência nos campeonatos profissionais.
Uma boa estratégia é meio caminho andado para o sucesso e que o diga o Torreense, que optou por arriscar um lançamento lateral longo, por Dani Bolt e celebrava o primeiro golo aos… 41 segundos de jogo, num cabeceamento certeiro de Elie Ahouonon que deu o mote para eletrizantes dez minutos iniciais.
A equipa da casa marcou ced(íssim)o, mas o Marítimo não se ficou atrás ao igualar aos 7’, através de um canto cobrado para o interior da área e uma reação atabalhoada da defesa local, o que permitiu até que Ibrahima Guirassy falhasse a primeira tentativa de remate, mas mantivesse a bola ao alcance para, à segunda, atirar certeiro. E a animação não ficou por aí.
O Torreense voltou a fazer do jogo aéreo a sua arma por Elie, central inspirado no plano ofensivo que desta feita não marcou mas assistiu, tendo saltado mais alto de cabeça e servido um dos seus companheiros de defesa, Né Lopes, que finalizou a preceito para o 2-1 com apenas dez minutos disputados.
Ultrapassado o início repleto de incidências – três golos em dez minutos – a partida, naturalmente, serenou com a equipa da casa em vantagem e em plano ligeiramente superior, com nova tentativa aos 19 minutos, por Ethyan González, que atirou à malha lateral.
Nos derradeiros minutos do primeiro tempo o golo voltou a parecer iminente aos 41’, quando Manuel Pozo atirou ao travessão, e também aos 44’ e 45+1, momentos em que Gonçalo Tabuaço evitou, com duas boas intervenções perante Ethyan González e Javi Vázquez, que o Torreense saísse para intervalo com uma vantagem mais alargada.
O Marítimo resistia e mesmo tendo perdido o seu treinador, Ivo Vieira, expulso por protestos antes do intervalo, regressou revitalizado das cabines e esteve perto de igualar aos 51’, por Vladan Danilovic, que se isolou perante Lucas Paes, mas não conseguiu ultrapassar o guardião do Torreense. Por seu turno, o conjunto do Oeste reagiu quase de imediato e Ethyan González voltou a ter o golo ao seu alcance aos 55’, mas não conseguiu ser incisivo no momento do remate.
A segunda parte seguiu numa toada mais lenta, que beneficiou os intentos dos insulares em lutar pelo resultado, tendo alcançado a igualdade num cruzamento-remate de Fábio China, patrocinado pelo vento favorável, aos 74 minutos, após canto.
Reposta a igualdade, os minutos finais ofereceram uma disputa leal e uma última tentativa do Torreense em recuperar a posição de vantagem, mas o remate acrobático de Stopira foi travado por Tabuaço, que segurou a igualdade e praticamente a garantia de que o Marítimo disputará a Liga 2 em 25/26 - precisa apenas de somar um ponto nas três jornadas que faltam disputar-se até ao final da temporada, bastando para tal que o FC Porto B não vença o Feirense, este domingo.