
Trubin (5) – Batido por duas vezes sem que possam ser-lhe assacadas responsabilidades, o guarda-redes ucraniano teve a intervenção mais difícil ao segurar a bola após um pontapé de canto, quando estava a ser estorvado por dois adversários, aos 15 minutos.
Tomás Araújo (4) – Nunca esteve confortável no jogo e Bruno Lage, mesmo sem Bah, deverá repensar a sua adaptação a lateral direito. Demasiado faltoso a defender, percebe-se que está longe da melhor forma.
António Silva (4) – O internacional português, que logo aos quatro minutos podia ter marcado, após assistência de Otamendi, atravessa um momento de pouca confiança, e percebe-se que treme cada vez que tem de fazer um passe mais complicado. Precisa de tempo para recuperar o seu melhor nível.
Otamendi (6) – É o grande patrão da equipa, a voz de comando dentro do campo que é seguida pelos companheiros. Imperial no jogo aéreo defensivo, mostra-se cada vez mais arguto nos pontapés de canto a favor do Benfica, colocando-se ao segundo poste e criando muitas situações delicadas para o adversário.
Carreras (6) – Deu-se ao jogo sem limites, foi fator de intensidade, procurou combinar com Bruma, mas a sua exibição foi mais em quantidade do que em qualidade. Teve uma mão cheia de situações para cruzar com maior precisão e não conseguiu fazê-lo.
Florentino (3) – O que lhe aconteceu no lance do segundo golo do Rio Ave, quando foi lento a virar-se (o passe de Trubin não foi, sequer, queimado) e viu Clayton tirar-lhe a bola e empatar a partida, era um dos defeitos que mais lhe apontavam na passagem, por empréstimo, pelo Getafe. Facilitar naquela zona é a morte do artista.
Aursnes (7) – O norueguês é pau para toda a obra, tanto se cola à linha e serve de ala como procura zonas interiores para auxiliar o trinco, como dá conta do recado quando é chamado a funções de defesa lateral. Neste jogo, a sua cereja no topo do bolo foi a assistência para o 2-3 de Akturkoglu.
Amdouni (6) – O suíço passou mais tempo como apoio direto de Pavlidis do que na ala, e a defesa do Rio Ave ressentiu-se do seu posicionamento. Extraordinária a jogada que inventou aos 43 minutos, quando trabalhou ao longo da linha de fundo e deu o golo a Pavlidis, que não acertou na baliza.
Pavlidis (6) – Sofreu e marcou de forma superior o penálti que colocou o Benfica com dois golos de vantagem. Mas apesar de toda a entrega, não esteve em dia de pé quente e desaproveitou várias bolas que podiam ter acabado no fundo das redes de Miszta. Infeliz, e nada mais, no golo de Aguilera.
Bruma (6) – Uma exibição na linha do que fez Carreras, mais em quantidade – e teve muita bola – do que em qualidade. Aos 22 minutos teve um bom remate, defendido por Miszta, e aos 55 assistiu muito bem Leandro Barreiro, mas esteve abaixo do que pode na hora da definição.
Leandro Barreiro (6) – O luxemburguês entrou bem, sem complexos, a ajudar, tal como Aursnes tinha feito, Pavlidis na primeira pressão à saída de bola do Rio Ave. Grande passe para Akturkoglu, aos 83 minutos, que rematou ao poste.
Akturkoglu (7) – Ao marcar o golo da vitória, de boa execução técnica, transformou-se no herói do Benfica. E ainda está para perceber como é que o remate que desferiu aos 83 minutos bateu na face interior do poste e a bola não entrou. Foi a jogo com excelente atitude.
Renato Sanches (5) – Parece estar a regressar à melhor condição. Se o corpo lhe permitir pode ter um final de temporada em grande.
Belotti (7) – O campeão europeu pela Itália é um jogador diferenciado e provou-o ao dar o impulso mais importante na jogada do 2-3. A velocidade como recebeu a bola, galgou metros e a passou, no timing certo, a Aursnes, não é para qualquer um.
Dahl (5) – O sueco entrou para somar, fechou a ala esquerda, dobrou sempre que necessário Carreras e deu contributo positivo nos seis minutos em que esteve em campo.