O FC Arouca tem-se afirmado, nos últimos largos anos, como um dos projetos mais interessantes do futebol português. A equipa da Serra da Freita subiu a pulso, chegou à Europa rapidamente, caiu ao Campeonato de Portugal, mas reergueu-se... ao ponto de voltar à Europa.

Uma das caras do projeto é Joel Pinho, diretor desportivo do clube. Nos últimos anos, o FC Arouca tem conseguido fazer vendas bastante interessantes para a sua realidade e dimensão e o dirigente falou abertamente do assunto à margem de uma conferência inserida no Thinking Football.

Mercado: «Não há segredo e não é de agora a nossa estratégia de abordagem ao mercado. Procuramos talento em todo o mundo e temos especial atenção a jogadores que sabemos que têm valor, que têm escola, mas que por vezes estão meio ‘mortos’. Acreditamos que os podemos ressuscitar, noutro contexto, e felizmente isso tem acontecido, de tal forma que hoje, quando vamos negociar contratações, o FC Arouca já é conhecido lá fora por valorizar jogadores, o que também nos ajuda»

Segredos: «É procurar o talento no contexto ideal. Tivemos o primeiro palestiniano a jogar na Europa e foi recrutado no Kuwait [Dabbagh]. É estar no lugar certo à hora certa. Ele estava há vários anos na nossa base de dados e só conseguimos que viesse depois. O segredo é manter a proximidade que não tem nos clubes grandes»

Cristo González: «O treinador não quis que Cristo [González] viesse para o Arouca. O clube é soberano e o trabalho é em prol da mentalidade e identidade»

Subidas e descidas: «Tivemos de replicar o que estava bem e corrigir o que estava mal para voltar ao topo. Temos muito mais solidez agora do que na época do quinto lugar de 2015. A estrutura é pequena e é mais fácil tomar decisões. Por exemplo, a estrutura que caiu ao antigo Campeonato Nacional de Seniores é a mesma de hoje em dia».