João Diogo Manteigas, candidato à liderança do Benfica nas eleições que se irão realizar este ano, mostra-se preocupado com a questão da centralização dos direitos televisivos que quer colocar termo ao "vazio, opacidade e falta de informação" que, na opinião do advogado, têm marcado o último ano de mandato.

A data em que termina o contrato em vigor com a NOS, se a referida operadora tem algum direito de preferência e se o objetivo da direção é que as águias continuem a receber, no mínimo, 40 milhões de euros por temporada, foram algumas das questões levantadas por João Diogo Manteigas.

Leia o comunicado na íntegra:

"1) qual a data em que efetivamente terminará o contrato em vigor com a operadora "NOS"? Está previsto para o final da época 2025/26?;

2) ao abrigo do referido contrato que se encontra em vigor, a operadora "NOS" beneficia de algum direito de preferência na futura transmissão dos jogos da Benfica SAD para as duas épocas desportivas 2026/27 e 2027/28?;

3) o Presidente do Sport Lisboa e Benfica (Clube e SAD) deu a conhecer publicamente que se encontrava a negociar com a "NOS" a venda dos direitos audiovisuais para as épocas 2026/27 e 2027/28 e que a nossa Instituição não ficaria a perder financeiramente. Questiona-se:

3.1) sem ser ao abrigo de direito de preferência, existe algum outro compromisso contratual que obrigue o Sport Lisboa e Benfica a ter que negociar os seus direitos exclusivamente com a "NOS"?

3.2) em caso afirmativo, quais as condições e limite temporal para que tal suceda?

3.3) as negociações atuais com a "NOS" têm por base pelo menos, no mínimo, o valor atual que o Sport Lisboa e Benfica recebe (a rondar os 40 milhões ano) acrescido da necessária taxa de inflação?

4) a Direção do Sport Lisboa e Benfica já ponderou a utilidade de preparar a abertura de um concurso público, nacional e internacional, com vista à venda dos seus direitos audiovisuais para as épocas 2026/27 e 2027/28? Existem limitações contratualmente assumidas que proíba tal procedimento?

Por fim, seria relevante confirmar se a Direção do Sport Lisboa e Benfica considera ter legitimidade para negociar e concluir qualquer acordo relacionado com o futuro da Instituição, seja relacionado com direitos audiovisuais ou qualquer outra matéria, durante o ano eleitoral de 2025 e sem que se saiba ainda quem serão os membros dos órgãos sociais do próximo quadriénio.

Os sócios, adeptos e simpatizantes pedem respostas a quem de direito. Mas, até agora, o vazio, a opacidade, a falta de informação, a indiferença tem reinado no último ano de mandato."