
A deslocação do Estoril a Rio Maior, para defrontar o Casa Pia, apresenta como principal novidade o facto de o seu treinador, Ian Cathro, já se encontrar de regresso após ter cumprido uma suspensão de onze dias que o obrigou a falhar a receção ao SC Braga, no passado fim-de-semana. «Nem devia ter sido [castigado]», desabafou, visivelmente aliviado por regressar.
Uma situação que o escocês admite ter limitado a equipa no embate com os bracarenses e que, já ultrapassada, constitui uma «vantagem» para os canarinhos. «Voltámos a normalidade. É muito importante não subestimar a importância do treinador e também não fazer o contrário. Obviamente, que o treinador estar presente no banco é importante, vamos estar mais fortes durante o jogo se estivermos juntos», avaliou, tendo ainda considerado que a experiência frente ao SC Braga se tratou de uma importante aprendizagem.
«Espero muito que, na próxima temporada, se eu voltar a falhar com a tradução do que penso na minha cabeça e ofender alguém e a equipa ficar sem treinador, irá estar melhor preparada e estável. Neste momento voltámos ao normal, os jogadores estão preparados para fazer um bom jogo e vou poder sentir o jogo um pouco mais perto deles e se for possível ajudá-los durante o jogo, vou ajudá-los», assumiu, também satisfeito por contar com os retornos de Felix Bacher, Wagner Pina e João Carvalho, após terem cumprido castigo.
Instado a confirmar se este trio, que se coloca entre os mais utilizados do plantel, retornam diretos ao onze, Ian Cathro assumiu que «esses jogadores têm muitos minutos por uma razão» e salientou que Tiago Brito, jovem que se estreou na equipa principal no passado fim-de-semana, é «mais um no processo» e «não se estreou só por estrear, foi porque realmente mereceu». E vincou a sua posição.
«É meritocracia pura, para os miúdos terem a oportunidade de entrar na equipa principal é porque têm valor e merecem. Não sou o Pai Natal ou o Easter Bunny [Coelho da Páscoa], têm de conseguir as coisas», garantiu.
Por fim, Ian Cathro reconheceu estar satisfeito com a evolução da equipa, mas sem se conformar. «Posso dizer que sim [se está satisfeito] mas também há o outro lado, porque se não ganharmos amanhã alguém vai escrever que só ganhámos um jogo para aí em três mil e tal e somos uma grande m..., porque é assim. Por isso, é dia a dia, drama não, euforia não e o que acontece em campo é o que tem importância. E depois esperamos muito conseguir o nosso objetivo que é melhorar, jogar bem e ser dominantes», concluiu.