Harder tem pouco tempo de casa, mas um aspeto saltou logo à vista nos seus primeiros jogos no Sporting: pedir licença para atirar... não é com ele. A irreverência que lhe garantiu 10 golos em 37 jogos, assume o próprio, está no sangue desde novo. E inclusivamente motivou uma curiosa conversa com Pote.

"Estávamos no ginásio e ele perguntou-me: 'Sempre que rematas pensas que vais marcar?' Disse-lhe que sim. Ele começou a rir. Por vezes remato de ângulos malucos, mas sempre fiz isso. Se não tentar, não marco", revelou o avançado de 19 anos, no podcast 'Mandsholdet', com elogios para o português: "É incrivelmente bom! Mas já está há algum tempo lesionado".

E se o tema é golos, Gyökeres é nome incontornável. "Aprendo todos os dias com um dos melhores avançados do Mundo. Observo-o quando estou no banco. No Nordsjaelland tinha no Marcus Ingvartsen um mentor, aqui também tive um pouco isso com o Viktor", explica Harder. E entre nórdicos há, claro, certa... rivalidade: "O Viktor é muito divertido fora de campo. Fomos jantar e, como ele tem um bom carro, perguntei-lhe se podia levar-me. Ele disse que sim mas tinha de perguntar primeiro ao carro se podia transportar um dinamarquês... Acho que eu é que devia perguntar se devo entrar no carro de um sueco", brinca.

Início "de loucos" até... se apagou

O impressionante crescimento de Harder no ano de estreia em Alvalade, após o investimento de 19 milhões de euros, já lhe valeu a chamada à seleção principal da Dinamarca. História iniciada em agosto e cujo preâmbulo até se... apagou. "Não me consigo lembrar bem dos primeiros dois meses, é muito estranho. Foi tudo tão rápido, estreei-me, marquei golos ... Foi de loucos!", conta.