
Portugal e Espanha voltam a defrontar-se, quatro dias depois de as comandadas de Montsé Tomé terem vencido em Paços de Ferreira por 4-2.
Na antevisão ao segundo assalto frente às campeãs do mundo, Francisco Neto sublinhou que a equipa lusa ainda não está ao mesmo nível das adversárias «Houve momentos do jogo (2-4) onde conseguimos criar incómodo na Espanha. Não foi durante tanto tempo como achamos que tem que ser para estarmos ao nível e nos aproximarmos ainda mais. Temos de ser mais consistentes nas ações que consideramos fundamentais para jogar a Liga A e, ao mesmo tempo, não permitir que equipas tão poderosas nos criem tanto dano e desgaste.»
«Temos de conseguir incomodar mais vezes a Espanha em ações importantes e não permitir que tenham tanto protagonismo. Mas isso não se faz com três dias de trabalho, não é num processo de recuperação. Precisamos de mais tempo para recuperar crescer nesse aspeto», salientou o selecionador nacional.
Francisco Neto sublinhou que é preciso estar a 100% fisicamente para dar boa réplica à seleção espanhola: «É normal que a fadiga seja maior quando não tens a bola durante a maior parte do jogo.»
Já com a fase final do Campeonato da Europa na mira, o treinador luso assinalou evolução gradual do grupo de trabalho, mas deixou um aviso: «Temos consciência de onde estamos e sabemos onde queremos estar. Isso leva o seu tempo. Não é à velocidade que as jogadoras gostariam, mas é neste equilíbrio emocional que temos de crescer.»
Para a capitã das navegadoras, Dolores Silva, duelos contra equipas do calibre da seleção espanhol são bem-vindos para crescer: « É sempre motivo de orgulho estar neste patamar. Queremos continuar a competir na Liga A, independentemente de os adversários serem fortes. Crescer jogo a jogo e evoluir, é esse o objetivo.»
No duelo agendado para as 18h portuguesas, Portugal vai entrar em campo no Estádio dos Balaídos, em Vigo para disputar a quarta jornada da Liga das Nações.
Francisco Neto salientou importância do muito apoio luso esperado na Galiza: «Eles sabem que são importantíssimos. Em Paços foram fantásticos. Não me lembro de nenhum jogo, mesmo na Nova Zelândia, sem uma bandeira portuguesa.»