Portugal defronta esta terça-feira o Azerbaijão, pelas 19h45, em Vizela, numa partida a contar para a 2ª mão do primeiro playoff de apuramento para o Euro' 2025. Nesse sentido, apesar da 1ª mão ter corrido muito bem às navegadoras, que venceram por 4-1, Francisco Neto reiterou o foco do grupo e descartou facilitismos. 

"Sem dúvida que, com o resultado que conseguimos fruto da nossa competência, alivia-nos e temos uma margem de manobra maior. A responsabilidade é exatamente a mesma, seja em que patamar for, representar Portugal perante os nosso adeptos, para quem está num espaço de excelência como a Seleção Nacional, tem de ser igual", começou por vincar o selecionador nacional, de 43 anos, reiterando a "responsabilidade sempre muito alta" e a "oportunidade" de voltar a demonstrar superioridade: "É um grupo com caráter e personalidade. Vai continuar a escrever a sua história e isto é uma oportunidade para o fazer. Amanhã não será excepção."

Pode realizar algumas experiências ou mudanças de esquema devido ao conforto do resultado?
"Não, quem acompanha esta Seleção sabe que as alterações não são feitas com base na experiência ou na oportunidade. São feitas com base no mérito e da estratégia que definimos. Felizmente temos um grupo de jogadoras que nos permite, mesmo quando os jogos não nos darem vantagem competitiva, fazer alterações. Fizemo-lo na Liga das Nações, por exemplo. De jogo para jogo apresentamos onzes diferentes porque confiamos nelas. Cada uma delas aporta uma ideia e uma personalidade diferente para o jogo e isso é positivo. Não será uma questão em relação ao jogo, serão as alterações que acharmos que serão melhores para fazermos um bom encontro contra o Azerbaijão."

É importante entrar forte para fechar a eliminatória?
"É sempre importante entrar bem nos jogos. Não se pode vencer jogos nos primeiros 15 minutos, mas pode perder-se. Se o controlo emocional não for grande, ou competitivo, não será bom. Entrar forte, em nossa casa, criar boas situações e sermos sérios marcou a diferença. Amanhã temos de ser iguais, entrarmos fortes, concentrados e ter o máximo de jogadoras possíveis a pensar em comunhão, isso facilitará o nosso trabalho. Amanhã vamos conseguir fazer tudo. Enquanto equipa, as coisas tornam-se mais fáceis."

O que mudou do conhecimento entre as duas equipas?
"O conhecimento dependeu apenas de nunca termos jogado contra elas, fizemos uma análise. Não havia uma vantagem muito grande e, por isso, fizemos a primeira parte que fizemos. O Azerbaijão apresentou uma das duas estruturas habituais. Depois, na segunda parte, fizeram uma pressão com linhas mais altas e acabámos por não ter a mesma facilidade. Não fomos tão fluídos no domínio do jogo, mas agora apresentámos às jogadores as várias estruturas do adversário. Aproveitámos as imagens e as experiências adquiridas no último jogo, mas vai ser do zero, porque o treinador do outro lado pode alterar algo. Sobretudo, temos mente aberta para estarmos preparados para o que o Azerbaijão pode apresentar."

No outro ramo do playoff, a Rep. Checa tem um resultado dilatado. Já analisou a possibilidade de as vir a enfrentar?
"Nada. Completamente focados no nosso jogo e focados na nossa missão e ideia. Só depois é que pensaremos quem será o nosso adversário. É verdade que muito dificilmente não passará a Rep. Checa, mas nem elas nem nós estão apurados. No futebol, tudo pode acontecer se não formos sérios, é isso que queremos ser amanhã."