Numa luta preponderante para as contas da sobrevivência na Liga Portugal Betclic, o Nacional superiorizou-se ao AFS (3-1) e afastou-se da zona pintada a vermelho. A exibição luxuosa na primeira parte foi decisiva para a respetiva distribuição pontual.
No Estádio da Madeira, o conjunto que atuou de preto e branco foi pragmático no último terço, mostrando uma grande clarividência na hora de visar a baliza adversária. Desta forma, os insulares confirmaram o excelente momento que atravessam. Vitória, vitória, acabou-se a história.
Bailinho da Madeira começou cedo!
Tiago Margarido montou a sua equipa no habitual 4-2-3-1, com Bruno Costa e Djibril Soumaré a serem os elementos mais recuados no miolo. Daniel Penha, Luís Esteves e Dudu ficaram responsáveis por servir Isaac Tomich, o farol dos insulares.
No outro canto da sala, John Mercado acompanhou Rodrigo Ribeiro e Lucas Piazón na frente de ataque, em detrimento de Vasco Lopes. O esquema de três centrais montado por Daniel Ramos ficou completo com uma mudança na baliza: o experiente Guillermo Ochoa aproveitou a lesão de Bertelli para retornar ao onze. Todavia, acabaria por não ser uma tarde tranquila para o internacional mexicano...
A equipa da casa, motivada pelo mais recente triunfo frente ao FC Porto, entrou agitada e destemida, procurando chegar rapidamente ao tento inaugural. Apesar do grande dinamismo, a coesão defensiva da turma de Vila das Aves não estava a permitir aos alvinegros arranjarem brechas no último terço para visar o alvo. Posto isto, seria uma ação imprudente que viria a suscitar a primeira alteração no marcador.
Baptiste Roux acertou em Daniel Penha, quando o mesmo se preparava para visar a baliza. O árbitro Hélder Carvalho, após consultar o VAR, não hesitou a apontar para a marca dos onze metros. Bruno Costa, com frieza, rematou rasteiro para o lado esquerdo. Ochoa ainda tocou no esférico, mas não conseguiu mudar a trajetória.
Poucos minutos depois, foi a vez de Dudu rubricar o seu nome na lista dos marcadores, dando sequência à avalanche ofensiva. Luís Esteves, através de um cruzamento a régua e esquadro, descobriu o camisola '99' ao segundo poste. O extremo, de primeira, correspondeu da melhor forma à assistência disruptiva do companheiro.
Ligeira turbulência, numa aterragem pacífica
O bailinho da Madeira estava a contagiar os adeptos, que através de cânticos mostravam-se incansáveis no apoio ao coletivo. Tudo parecia controlado para os pupilos de Margarido, mas uma bola parada veio trazer desconforto. Já nos 45 + 3', Rodrigo Ribeiro reduziu o défice de cabeça, dando a melhor resposta ao cruzamento de Lucas Piazón.
2-1 parecia ser o resultado com que as duas equipas seguiriam para os respetivos balneários. No entanto, Djibril Soumaré tinha outros planos em mente. O médio, matreiro, desviou o disparo do colega José Gomes para o alvo, traindo, assim, El Muro de la Andaluzia. Euforia completa na Choupana!
Depois de um merecido descanso - pelo menos, para alguns -, os jogadores regressaram com menos intensidade. Enquanto os alvinegros optaram por gerir o resultado favorável, a formação que jogou de amarelo procurou contornar a situação. Daniel Ramos chamou Babatunde Akinsola e Nenê a ação, com o intuito de revitalizar a equipa.
Aos 84', o ponta de lança de 41 anos teve nos pés uma ocasião flagrante para voltar a dar esperança. Porém, na marca dos onze metros, o avançado acabou por ser perdulário em dois momentos distintos: depois de Lucas França defender numa primeira instância, o árbitro mandou repetir o lance, mas o poste voltou a impedir eventuais comemorações.
Com este resultado, o Nacional passa a somar 19 pontos, no 13º posto da tabela classificativa. Já o AFS continua com 15 pontos, no 17º lugar do campeonato português.