Martín Anselmi, treinador do FC Porto, falou aos jornalistas na véspera da despedida da Liga, frente ao Nacional. Matematicamente os dragões ainda poderiam ver fugir o 3.º lugar, mas a grande vantagem na diferença de golos em relação ao SC Braga deixa o pódio, e o acesso direto à fase de liga da UEFA Europa League, garantidos.

O técnico argentino foi questionado sobre o pequeno contributo que William Gomes e Tomás Pérez, reforços de janeiro, acabaram por dar à equipa. Respondeu com necessidade de adaptação e também com tempo ganho para a próxima época.

«Quando o FC Porto incorpora jogadores, uns vêm com cartel de reforço, imediatamente vestem a camisola e têm pressão de render, depois há jogadores com perfil para o modelo de jogo que queremos deixar desabrochar com o tempo, outros que sabemos que são bons jogadores mas são jovens que têm um processo de adaptação à liga, ao país, à Europa, aos ritmos, e que acreditamos que temos de dar-lhes todas as ferramentas possíveis para transformá-los nos jogadores que podem ser. Porque capacidades têm, se não não os teríamos trazido», contextualizou Martín Anselmi.

Que concretizou sobre o caso dos dois jogadores: «O William teve momentos de pico muito alto e outros de pico normal. E o Tomy [Tomás Pérez] sempre que teve de representar o FC Porto fê-lo de forma espetacular.»

Para o treinador dos dragões, os reforços de janeiro foram pensados para a próxima época. «Temos de esperar que esse processo de adaptação vá terminando e vão pressionando os que estão à frente para dizerem ‘eu também posso jogar’. E é isso que queremos. São jogadores que na próxima época podem disputar postos de titular, e ganhámos esse tempo nestes seis meses», explicou.