Fábio Paim, antigo jogador do Sporting, concedeu uma entrevista ao Globo Esporte, na qual passou em revista vários momentos da carreira de jogador... e não só. O último desafio que abraçou, na indústria de filmes para adultos, também foi tema.
«Aqui em Portugal está a febre, está tudo doido [risos]. Sabe porquê? Porque as pessoas não me levam a mal, sou assim. Num podcast, disse que o meu sonho era ser ator pornográfico. Surgiu um monte de propostas, abri telejornal, capa de jornal... E não tinha feito nada. Então, já que toda gente está a falar sobre isso, vamos fazer um filme. E fiz», contou.
Um desafio que não o deixou minimamente dececionado, como resumiu numa curta declaração: «Mano, vou dizer uma coisa — é bom fazer sexo e ainda ser pago [risos].»
Outras histórias foram ainda partilhadas pelo antigo extremo — que continua a ser lembrado pelas comparações com Ronaldo à boleia da frase 'Se acham que sou bom, esperem até ver o Fábio Paim' —, que revelou o motivo por que em 2017 foi dispensado do Paraíba do Sul, equipa que se preparava para disputar a Quarta Divisão do Campeonato Carioca.
Deram-me um hotel para ficar, mas eu dormia na favela
«Perdi oportunidades muito grandes por não seguir as regras. Só que chego ao Brasil, um país que amo e que queria conhecer. Já não estava muito naquela de ser jogador, mas queria jogar. Só que o meu instinto... A primeira vez que fui a uma favela, não quis mais sair de lá. Senti-me bem, as pessoas tratavam-me bem, não queriam saber se eu era jogador. Deram-me um hotel para ficar, mas eu não dormia no hotel, dormia na favela», lembrou.
Paim, vou pôr-te num avião, senão um dia vais ser encontrado morto
Foi com a ajuda de Eduardo Lino, responsável pela sua contratação no Paraíba do Sul, que recordou que a favela era em Monte Castelo, e ainda ouviu o antigo dirigente trazer ao presente os excessos cometidos: «Deu muito trabalho, muito trabalho. Bebeu tanto que caiu dentro da caixa d'água [risos].»
Paim confirmou a versão: «Eu ficava lá a beber, a fazer churrasco com eles, a ouvir música. Adorava. Depois o presidente disse assim: Ó Paim, vou pôr-te num avião, senão um dia vais ser encontrado morto'.»