A mais recente convocatória do técnico português Pedro Soares Gonçalves para a seleção de Angola, que enfrentará um duplo compromisso de apuramento para o Mundial 2026 frente a Líbia e Cabo Verde, regista como principal novidade o avançado Afimico Pululu, que representa o Jagiellonia Bialystok, da Polónia, e que tem impressionado com 18 golos em 41 aparições na presente temporada. Infelizmente para os Palancas Negras, não será ainda desta que o avançado de 25 anos se irá estrear como internacional.

«Infelizmente lesionou-se no domingo, no decorrer do jogo e, estando nós nos primeiros dias de data FIFA, tivemos o nosso departamento clínico a trabalhar diretamente também com o departamento clínico do seu clube, na Polónia, a perceber até que ponto haveria condição para ele se juntar a nós», revelou o técnico português, que garante a A BOLA que a integração de Pululu na seleção angolana, atualmente impossibilitada, será mesmo uma realidade.

«Temos expectativas em relação ao Afimico e tanto assim é que desde 2020, logo naquele período inicial em que eu pego nos palancas negras, fizemos essa deteção. É um trabalho contínuo, agora aqui já estamos a entrar numa fase em que alargámos substancialmente o espetro de jogadores com qualidade a jogar na seleção nacional de Angola», constatou, com satisfação.

«Agora somos cada vez mais minuciosos na detecção e na aferição do jogador que pode trazer-nos aporte desportivo e isso acontece com o Pululu, que já desde 2020 iniciou esta ligação, estas conversações para jogar por nós. Na altura ele tinha 21 anos, portanto, ainda com algumas expectativas um pouco diferentes de carreira, pediu tempo para amadurecer as suas decisões, passou um período menos positivo com algumas lesões, passou pela II Liga alemã, mas fui sempre seguindo o seu trajeto», destaca o técnico nacional angolano.

Pedro Soares Gonçalves elogia o seu próximo reforço que estará, ao que tudo indica, na sua próxima convocatória. «Felizmente, nestas últimas duas épocas o Pululu encontrou o espaço ideal para ele na Polónia para, no fundo, manifestar todas as suas qualidades e corresponde ao perfil que procuramos nestas valias desportivas na diáspora, que são os jogadores que, não só pelo perfil morfológico, o perfil desportivo, mas também de trabalho anterior que tenham crescido em boas referências europeias a nível de formação», explicou por fim.