Na sala de imprensa do Estádio São Luís em Faro, Ian Cathro, treinador do Estoril, fez reparos ao seu homólogo do Farense, Tozé Marreco, por instruções dadas a três minutos do final, depois de Ricardo Velho ter pedido assistência médica e o jogo esteve assim interrompido.

«Quero dizer uma coisa, e espero que seja entendido com respeito, porque não sou português, mas adoro estar em Portugal e era um sonho voltar a treinar neste campeonato. Mas há coisas neste jogo que não ajudam ao crescimento do campeonato. Isto nada tem que ver com o Ricardo Velho, cuja convocatória para a seleção foi muita merecida, pelo trabalho feito na época passada e início de campeonato, mas ver um guarda-redes a ir para o chão com o treinador já com o quadro tático na mão (aos 87 minutos) não é bom para o futebol português. Quero passar essa mensagem, porque adoro o futebol português. Não estou a falar como alguém chateado por perder o jogo no último jogo… mas sim, estou chateado por perder o jogo no último minuto», criticou o treinador escocês do Estoril.

Sobre o jogo, afirmou: «Olhando para o jogo de forma global, não posso dizer que tivemos grandes oportunidades. Tivemos algumas oportunidades de golo, mas a nível de jogo, com e sem bola, não foi o rendimento de uma equipa que merecia perder aqui neste campo hoje. Mas também é com a experiência que aprendemos todos e o futebol faz isso. É duro, mas vamos continuar.»

O treinador aponta o minuto 16 como marcante para a sua equipa, quando o marroquino Begraoui desperdiçou uma grande penalidade. «Se fizéssemos golo [na grande penalidade desperdiçada], o jogo teria outra vida e ficaria mais fácil ter o controlo do jogo. Ganhávamos mais confiança. Pode ser um momento marcante, mas também acho que temos de mostrar qualidade suficiente para ir atrás do golo num momento difícil», afirmou.