O FC Porto defronta o Maccabi Tel Aviv esta quinta-feira, num duelo que vai ditar o destino dos dragões na Europa League. Após alguns resultados amargos ao longo da Fase de Liga, a turma lusa tem uma última oportunidade de assegurar o passaporte para os playoffs.
A verdade é que os azuis e brancos estão habituados a marcar presença na fase a eliminar das competições europeias. Aliás, é preciso recuar quase 20 anos para analisarmos uma temporada onde tal fenómeno não aconteceu (!).
Desta forma, Martín Anselmi, na sua estreia neste novo projeto, procura colocar o emblema da Invicta nos primeiros 24 lugares da tabela classificativa, evitando escassos fantasmas do passado portista.
O Fantasma da época 2005/06
Corria a temporada 2005/06 quando o conjunto da Invicta deslocou-se à Escócia, para enfrentar o Rangers, na aparição inaugural na Champions. Pouco tempo depois de terem levantado a orelhuda, os dragões seguiam como claros favoritos para o embate.
No entanto, apesar de um atípico bis de Pepe, o emblema escocês acabou por levar a melhor (3-2). Depois do primeiro desgosto, a margem de erro dos comandados de Co Adriaanse diminuiu, sendo importante vencer em casa, frente ao Artmedia Bratislava.
No Estádio do Dragão, Lucho González e Diego rubricaram os seus respetivos nomes na lista dos marcadores, dando uma vantagem convincente ao conjunto da Invicta. Todavia, de forma surpreendente, a equipa eslovaca operou uma cambalhota no resultado (2-3). Mais uma desilusão no percurso...
Os azuis e brancos tiveram uma nova chance de satisfazer os seus simpatizantes em casa. No entanto, a tarefa antevia-se difícil. O adversário era a Internazionale, um verdadeiro gigante europeu. Para alento dos portistas, um autogolo de Marco Materazzi e um tento de Benni McCarthy fizeram com que os três pontos ficassem em território luso (2-0).
No mítico Stadio Giuseppe Meazza, os nerazzurri vingaram-se, com Julio Cruz a apresentar-se em grande nível (2-1). Posto isto, os dois últimos jogos eram decisivos, mas acabaram por não correr da melhor forma. A euforia até contagiou a fortaleza portuense aos 60', minuto em que Lisandro López protagonizou uma finalização certeira contra os light blues. No entanto, a alegria foi temporária, já que Ross McCormack restabeleceu a igualdade na reta final do encontro (1-1).
Lanterna num caminho pouco iluminado
Já no Tehelné Pole, nem Benni McCarthy, nem mesmo um jovem Ricardo Quaresma, conseguiram encontrar o caminho para o fundo das redes. A contagem acabou por não ser alterada ao longo dos 90 minutos, prevalecendo a distribuição pontual (0-0).
Este mísero ponto não permitiu à equipa portuguesa sair da lanterna do Grupo H. Como tal, a própria participação na Taça UEFA, fruto de um eventual terceiro posto, não passou de uma simples miragem.
Porém, o conto mencionado anteriormente não foi um caso único de insucesso na maior montra do futebol de clubes: nas épocas 1995/96, 1997/98 e 1998/99, o FC Porto também se despediu de forma precoce das competições europeias.
Destaque, ainda, para as campanhas de 2011/12, 2013/14, 2015/16 e 2021/22, nas quais a Liga Europa serviu de almofada para amparar a queda na Liga dos Campeões. Apesar disso, os portistas não conseguiram repetir a proeza alcançada com André Villas-Boas ao leme.
Veremos se Belgrado é o continuar da sequência.