
O encontro disputou-se poucas horas antes do início da cerimónia dos Óscares e teve um argumento bem rico, mas que ditou que o SC Braga deixasse fugir o FC Porto na tabela classificativa e com ainda a possibilidade de ver Benfica e Sporting a ainda maior distância.
Mas vamos por partes. O jogo começou com um erro tremendo de Lukas Hornicek, que escorregou, Clayton ficou com a bola e perante uma baliza deserta talvez tenha marcado o golo mais fácil da carreira. Tudo isto logo aos cinco minutos. Mas a resposta bracarense demorou um instante. Num lance muito bem trabalhado, Chissumba cruzou da esquerda, Fran Navarro rececionou a bola e à meia-volta, num remate bem colocado, bateu Miszta. Prometia muito o jogo e continuavam os remates enquadrados, com maior preponderância ofensiva, como seria de esperar para a equipa comandada por Carlos Carvalhal. O frio fazia-se sentir em Vila do Conde mas o jogo estava quente.
Pelo meio, Roger teve de sair depois duma lesão muscular que o deixou à beira do desespero.
Mais uma de Clayton
Logo no reatamento, mais um lance caricato com Clayton como um dos protagonistas: o brasileiro surge na cara de Hornicek isolado mas atira a bola à barra. Para bem dos seus pecados, o lance foi anulado por fora de jogo. O SC Braga carregava, mas Miszta ia negando as intenções arsenalistas. Há aquela velha máxima do futebol que quem não marca sofre e foi isso que aconteceu. Após um canto excelentemente cobrado por Brandon Aguilera, Panzo nem precisou de tirar os pés do chão para bater Hornicek (72). Carvalhal não se conformava e procedeu a três alteraçõe mas pouco depois Bambu caiu mal, lesionou-se no ombro, teve de sair de campo, todas as substituições dos da Cidade dos Arcebispos já tinham feito todas as substituições regulamentares e bracarenses ficaram reduzidos a dez.
O SC Braga abordou o encontro com três alterações em relação à partida da Taça de Portugal com o Benfica, a meio da semana, enquanto Petit apenas procedeu a uma mudança tendo como referência o encontro da semana passada diante do Estoril, com a nuance de Carlos Carvalhal a continuar a apostar em Paulo Oliveira, mesmo tendo em conta o erro cometido pelo defesa-central na Luz que resultou no golo benfiquista. Já o técnico vila-condense, mesmo após a excelente resposta dada por Tiago Morais quando saiu do banco na Amoreira, preferiu deixá-lo como suplente de início. Os esquemas mantiveram-se, com o 4x3x3 por parte do Rio Ave e o 4x2x3x1 bracarense, com a novidade Fran Navarro como homem mais adiantado nos arsenalistas, em detrimento de El Ouazzani. Uma aposta que resultou em parte, ou não tivesse sido o espanhol o autor do golo dos bracarenses. Petit também não se pôde queixar, tendo em conta que o homem entrado, Panzo, decidiu o jogo.
À partida para o encontro os dados estavam equilibrados, uma vez que os rio-avistas se apresentavam apenas com uma derrota em casa e o SC Braga na condição de melhor equipa a jogar fora de portas mas no fim sorriram os da casa. Contas feitas, até ao momento, o Rio Ave só perdeu em casa com o Sporting. O SC Braga perdeu após sete jogos sem conhecer o sabor da derrota.