Um "enorme" amor eterno e incondicional partilhado pelo Mundo fora. É este o sentimento do adepto Carlos Silva, de 54 anos, pelo seu clube do coração: a Oliveirense.

O camionista não falha (desde que não esteja a trabalhar) um jogo do seu clube de hóquei em patins do coração... e claro está, não podia faltar à Elite Cup. Foi precisamente no pavilhão Multiusos de Odivelas que Record encontrou este seguidor fiel do clube da sua terra que não olha aos quilómetros para acompanhar para todo o lado a sua Oliveirense. 

"Ó amigo, não tem uma fita para colar a bandeira?" Foi assim que o nosso jornal conheceu Carlos Silva - num momento em que fomos confundidos como operadores de câmara -, que de pronto identificou-se como um fervoroso adepto do emblema de Oliveira de Azeméis. "Sigo a Oliveirense para todo o lado. Faço mais de 550 quilómetros para estar aqui... e este ano, até quero ir à ilha do Pico ver o jogo contra o Candelária", começou por partilhar-nos.

As conversas são como as cerejas e de forma genuína Carlos Silva continuou a desabafar a história de amor que o liga à Oliveirense e à modalidade desde tenra idade. "Sigo o hóquei em patins desde miúdo. Do tempo da chamada "Eira", em Oliveira de Azeméis, que ficava situada por cima do atual estádio Carlos Osório. Fizesse sol, fizesse chuva, lá estavam as grandes vedetas, sábado à noite, a jogar... lembro-me do Ramalhete, do falecido Livramento, desses grandes ídolos do hóquei em patins nacional", recorda com um brilho dos olhos, sem esquecer: "Sou um apaixonado. Fui praticante de hóquei em patins, mas eram tempos diferentes. Não tínhamos os apoios e as ferramentas que atualmente existem".

No meio do discurso emotivo, minutos antes de começar a partida ante o FC Porto, onde sentia-se o nervosismo típico destes momentos para o adepto fervoroso, deixou escapar: "Até fiz tatuagens do símbolo da minha Oliveirense e do autógrafo do meu ídolo Lucas Martínez, que lhe posso mostrar".

Como o caro leitor pode ver, as tatuagens comprovam bem a paixão que este adepto da Oliveirense ostenta pelo seu grande maior e que o leva a fazer sacrifícios e a deixar cair sentimentos. "Quando perdemos a Champions fartei-me de chorar pela grande tristeza que foi aquele momento marcante, mas irei sempre continuar a caminhar lado a lado com a minha Oliveirense... agora só penso é em ficar cá em baixo até amanhã à noite e levar o caneco para Oliveira de Azeméis. Que seja o primeiro de muitos esta época", desejou.

E para já, o desejo de Carlos Silva continua bem vivo pelo que o adepto vai pernoitar em Odivelas... e sonhar com a conquista de mais um troféu da sua Oliveirense.