Que margem terá Ruben Amorim ao serviço do Manchester United? Depois da derrota da passada quinta-feira em Wolverhampton, o treinador português já acumulou cinco derrotas desde que chegou, a meio de novembro, o que, analisando a época do clube, já são mais do que as do antecessor, Erik ten Hag.

Amorim estreou-se a 24 de novembro com um empate frente ao Ipswich (1-1), venceu depois o Bodo/Glimt para a Liga Europa (e depois também o Plzen), mas os jogos seguintes de Premier foram quase todos pesadelo – com exceção da reviravolta frente ao rival Manchester City (2-1), também ele mergulhado na sua própria crise, Amorim acumulou derrotas com Arsenal (0-2), Nottingham Forest (2-3), Bournemouth (0-3) e Wolves (0-2). Pelo meio foi eliminado da Taça da Liga pelo Tottenham por 3-4.

Chegado à quinta derrota, Amorim já está a ter maior tolerância do que o neerlandês, que também já levava «bagagem» da temporada anterior. Ten Hag saiu no final de outubro, tendo a gota de água sido uma derrota por 0-2 com o West Ham. Antes tinha perdido nas jornadas 2 (Brighton, 1-2), 4 (Liverpool 0-3) e 6 (Tottenham, 0-3). Sucederam-se pelo meio empates com o Twente e o FC Porto para a Liga Europa.

Tem Hag saiu com o clube em 13.º da tabela, agora é 14.º. As derrotas de Ruben Amorim em 11 jogos, em todas as provas, desde que tomou conta da equipa, só têm um rival: apenas o Southampton, lanterna vermelha da Premier League, tem pior registo no mesmo comparativo temporal.

Entre um treinador e outro, há algo a destacar: o tempo de Ruud van Nistelrooy como interino acabou por ser o melhor: nos quatro jogos em que comandou o Man. United, Van Nistelrooy somou vitórias contra Leicester (5-2, para a Taça da Liga), PAOK (2-0, para a Liga Europa) e Leicester (3-0) e um empate com o Chelsea (1-1).