Mads Pedersen demonstrou, esta quarta-feira, não ter rival nas chegadas em grupos reduzidos na Volta a Itália em bicicleta, conquistando a terceira vitória na 108.ª edição, à quinta etapa, e reforçando a liderança da geral.

“Ganhar nesta camisola é de loucos. É muito mais do que alguma vez sonhei”, resumiu o dinamarquês da Lidl-Trek, depois de somar o terceiro triunfo em cinco etapas, mas o primeiro com a maglia rosa vestida.

No dia em que assinou um contrato vitalício com a formação norte-americana, o corredor de 29 anos voltou a demonstrar-se imbatível em chegadas para puncheurs, superando as dificuldades sentidas nos derradeiros 2.000 metros para impor-se em Matera.

Pedersen cumpriu os 151 quilómetros desde Ceglie Messapica em 03:27:31 horas, à frente do italiano Edoardo Zambanini (Bahrain Victorious) e do britânico Thomas Pidcock (Q36.5), respetivamente segundo e terceiro.

Graças às bonificações amealhadas na meta, o maglia rosa reforçou a liderança da classificação geral, tendo agora 17 segundos de vantagem sobre o esloveno Primoz Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe), que é segundo, e 24 sobre o seu colega checo Mathias Vacek, o terceiro classificado que muito o ajudou rumo à vitória de hoje.

Logo que foi dada a partida real para a quinta etapa, Giosuè Epis (Arkéa-B&B Hotels) atacou, sendo acompanhado na sua iniciativa pelos também italianos Davide Bais (Polti VisitMalta) e Lorenzo Milesi (Movistar).

A iniciativa dos três transalpinos estava, obviamente, condenada e, a 13 quilómetros da meta, Bais e Milesi, os últimos resistentes, foram alcançados pelo pelotão.

O ‘traiçoeiro’ final da tirada reduziu o grupo da frente, muito por obra da UAE Emirates, com as equipas dos candidatos à geral a assomarem todas à dianteira e a deixarem em dificuldade Pedersen, que quase descolou a cerca de dois quilómetros da meta.

“Sofri mesmo muito nesta última subida, foi uma vitória verdadeiramente difícil e não estava seguro [que ia conseguir]”, assumiu o campeão mundial de fundo de 2019.

Foi Vacek quem mais ajudou o líder da geral, uma contribuição que o maglia rosa não esqueceu. “Gastei muita energia para voltar à frente da corrida, na roda do Vacek, para lutar pela vitória. Felizmente, tive energia suficiente no final”, pontuou.

Em nova jornada sem percalços para os candidatos à vitória final, o português Afonso Eulálio foi 127.º, a 08.52 minutos do vencedor, e desceu na geral, para a 124.ª posição, a mais de 30 minutos de Pedersen.

Na quinta-feira, os sprinters puros podem ter uma nova oportunidade nos 227 quilómetros entre Potenza e Nápoles.