Inês Cordeiro tem apenas 20 anos, mas quatro deles já contaram com passagens pela Festa do Basquetebol Juvenil. E só não foram mais porque a pandemia 'não deixou'. "Já vim a Albufeira como atleta durante três anos consecutivos. O quarto foi impedido devido ao Covid, então não tive a oportunidade de voltar, então achei que vir à Festa do Basquetebol como Oficial de Mesa ia compensar essa oportunidade que perdi", começou por dizer a jovem estudante do curso de Economia da Universidade de Coimbra durante a conversa com Record num dos corredores do Pavilhão Desportivo de Albufeira.

Com a prática desportiva desde muito cedo incutida pelos pais, Inês Cordeiro revela que começou por praticar ginástica antes de se mudar para o basquetebol... por convite de umas amigas que já praticavam a modalidade. "Como surgiu o basquetebol na minha vida? Na realidade, surgiu por causa de umas amigas minhas. Eu andava na ginástica, mas entretanto saí. Chega a uma altura em que se te tornas muito alta, na ginástica põe-te como base ou assim e não gostamos muito. Basicamente, estava sem fazer desporto há algum tempo e o desporto sempre fez parte da minha vida. Os meus pais sempre me incentivaram muito e depois surgiu a oportunidade de jogar basquetebol através de um convite feito por uma amiga minha. Convidou-me para eu experimentar uns treinos, gostei muito do desporto e fiquei ligada ao basquetebol desde então."

A jovem estudante de Economia assume ainda que 'viver' as Festas do Basquetebol Juvenil como atleta e como Oficial de Mesa são experiências diferentes, sobretudo ao nível da responsabilidade. "Estou a gostar muito da experiência. São perspetivas diferentes, mas no final a diversão continua cá. O que há de diferente está sobretudo relacionado com a responsabilidade que temos. Claro que como atleta temos sempre responsabilidades, mas como Oficial de Mesa sinto um pouco mais de consciência em tudo aquilo que eu faço. Também já sou mais velha. A última vez que tinha vindo foi em 2019, portanto, já tenho outra perspetiva", vincou.

Oficial de Mesa há cerca de três anos, Inês Cordeiro revela-nos ainda que a mudança de carreira no mundo do basquetebol também se deveu... por influência das amigas. "Também foram umas amigas minhas que me andaram a chatear. É verdade, parece que sou uma pessoa muito influenciável", diz, com um sorriso no rosto, assumindo que a mudança possibilitou-a juntar o melhor de dois mundos: "Sempre gostei de ver e jogar basquetebol, então acabou por ser uma forma de juntar o útil ao agradável."

Com jogos para arbitrar e um curso para acabar, Record desafiou a jovem a revelar-nos a forma que encontrou para conseguir conciliar estes dois mundos. "É tudo sobre organização. Durante a semana estuda-se. Há tempo para tudo se for tudo bem organizado. Há tempo para sair, para estudar, para ir às aulas... Ao fim de semana faço os jogos, mas quando tenho semanas mais complicadas a nível académico também tenho uma dispensa. Tudo se arranja", confessa.