Em zona de ‘play-off’ na Liga, o Boavista encerra o ciclo com os grandes defrontando no Dragão o FC Porto. Um dérbi sem a pimenta de outros tempos, ainda assim com estádio cheio e que convoca energia positiva por parte dos axadrezados

«Sabemos que é um jogo diferente, mas vale na mesma três pontos», aponta o italiano, que repete uma ideia defendida intransigentemente desde o início da sua aventura nas panteras: «A estratégia vai ser a mesma de sempre, preparamos os jogos da mesma forma e com a mesma mentalidade, seja qual for o adversário. Apesar de um ciclo em que ganhámos uma vez nos últimos sete jogos, mostrámos confiança. No último que empatámos (Aves SAD) podíamos ter marcado e vencido.»

«As duas equipas têm objetivos diferentes, mas este jogo tem a mesma importância, é um dérbi, e vamos com a mesma ideia de pontuar e isso aplica-se a qualquer estádio, seja Dragão, Alvalade ou Bessa», aponta Bacci.

Levar um ponto do Dragão seria positivo: «O empate é sempre positivo porque, como disse, não podemos comparar os objetivos das duas equipas. Acreditamos no nosso trabalho e no futuro, o FC Porto é uma equipa forte, que luta pelos primeiros lugares, portanto, é normal ser um jogo difícil.»

«Odeio dar prendas à minha mulher...»

«Vamos tentar pontuar e fazer um bom jogo, procuramos sempre atrapalhar os adversários. Jogamos sempre para ganhar. Às vezes dá, outras não dá. Samu? O FC Porto não é só o Samu, a minha equipa não está focada num só jogador ou adversário. Temos de desenvolver o nosso futebol apesar do adversário que temos pela frente», argumentou Bacci.

O treinador do Boavista escusou-se a esclarecer as situações clínicas de Joel Silva e Bozenik, dois titulares que passaram a semana em tratamento, embora haja esperança de que pelo menos o eslovaco vá a jogo. A utilização intensiva das melhores unidades quando falta pouco para a conclusão da 1.ª volta não preocupa Bacci: «Tendo como referência o último jogo, a verdade é que acabámos em cima do adversário, mesmo tendo poucas opções. Aconteceu o mesmo noutros jogos.»

O Natal já passou, mas Bacci foi desafiado a escolher a prenda mais desejada: «Sair desta zona de despromoção é o objetivo final.  Há poucas equipas com poucos pontos, temos de melhorar dia a dia. Sou muito pragmático, odeio dar prendas à minha mulher e de receber, por isso vamos jogo a jogo…»