Que análise faz do jogo? E o que acha que faltou ao Casa Pia para chegar, pelo menos, ao empate?

- A primeira parte foi de um FC Porto claramente mais por cima, a segunda parte deu um Casa Pia mais por cima. Mas acho que foi um jogo muito encaixado, que acabou por não ter assim grandes oportunidades. O que é certo é que nós, Casa Pia, se queremos competir contra as ditas equipas grandes, não podemos entrar da forma que entrámos. Já com o Sporting tivemos de sofrer e de ir atrás do resultado, algo que voltou a acontecer. Temos de ter a ambição de nos metermos à frente do marcador, tínhamos isso como objetivo, mas não conseguimos. O Rodrigo Mora, que é um jogador muito criativo, acabou por resolver no meio de três jogadores, sendo que a nós talvez nos tenha faltado algum poder de fogo na segunda parte. Arriscámos e encaixámos melhor com algumas correções.

Estava à espera de um FC Porto a pressionar no campo inteiro?

- Penso que nos faltou o último momento. A partir do momento em que há o encaixe, não conseguimos ter essa chegada para as segundas bolas, mérito do FC Porto, que acabou por resolver. Na segunda parte, tivemos mais personalidade, já sentimos melhor o jogo.

Gostou da estreia a titular do Iyad Mohamed? E o que pretendeu quando colocou o André Geraldes e o Leonardo Lelo a jogaram por dentro?

- O Iyad é um jogador diferente e sendo esquerdino dá-nos outras dinâmicas. Tem alguma mobilidade e também consegue ter alguma chegada à área. Lembro que no Dragão tínhamos Beni, Nuno Moreira, Telasco [Segovia], [Rafael] Brito, [Duplexe] Tchamba e hoje não tivemos. O que é certo é que fomos competitivos na mesma. Acabámos por ser derrotados, algo que não queríamos, mas saímos de pé. Esta equipa continua a demonstrar que é competitiva, independentemente de ganhar mais ou menos. Claro que saímos aziados com este resultado, ninguém pode ficar contente, principalmente a jogarmos em casa. Temos de criar esta mentalidade ganhadora. Sabemos, humildemente, que o FC Porto tem outro tipo de argumentos e responsabilidade, mas o que é certo é que continuamos competitivos mesmo com algumas ausências. Mudanças? Foi claramente estratégico, para ganharmos alguma velocidade. O Ruben Kluivert também acaba por sair bastante valorizado deste jogo porque anulou o Samu.

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